Luis Enrique deixa selecção espanhola
Razões pessoais estarão na base da saída do técnico asturiano. Roberto Moreno, o adjunto, é o substituto.
Luis Enrique deixou nesta quarta-feira de ser seleccionador espanhol, 11 meses depois de ter assumido o cargo. A decisão foi oficializada por Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol.
Na base do abandono estarão razões pessoais que o afectam desde Março e que têm impedido o técnico asturiano de estar a 100 por cento com a “roja”. Enrique chegou mesmo a falhar vários jogos de qualificação da selecção para o Euro 2020, acompanhando a preparação e os encontros à distância.
O sucessor de “Lucho” no cargo será Robert Moreno, o seu “número dois”, que o tem acompanhado ao longo da carreira, desde o Barcelona B até à selecção espanhola, incluindo ainda as passagens pela Roma, Celta de Vigo e Barcelona.
“A nossa decisão é de confiar em Robert. Será ele o encarregado de nos levar ao Campeonato da Europa e fazer o melhor possível”, revelou Rubiales.
Sobre a saída de Luis Enrique, o líder federativo sublinhou que foi uma decisão do próprio. “Foi alguém que se comportou de forma impecável. Aprendemos muito com ele. Transmiti-lhe que vai ter sempre a porta da selecção aberta. Foi ele que tomou a decisão”, frisou Rubiales.
Enrique tinha sido o escolhido para gerir os destinos da selecção espanhola, depois do desastre do Mundial 2018 com Julen Lopetegui (que saiu para o Real Madrid antes de se iniciar o torneio). Desde que assumiu o cargo, Enrique teve um percurso perfeito na qualificação para o Euro 2020 (quatro vitórias em quatro jogos), falhando, no entanto, o apuramento para a “final four” da Liga das Nações.
Esta será a primeira experiência de Robert Moreno, depois de muitos anos como adjunto de Luis Enrique. “Não queria que fosse assim, mas é importante que tenha o apoio dele para começar a trabalhar”, disse o novo seleccionador espanhol.
“Vamos trabalhar de forma honesta e tentar elevar ao mais alto nível o trabalho realizado pelo Luis para nos qualificarmos e vencermos o Euro 2020”, acrescentou.