A Antígona sou eu

A editora mais subversiva e desobediente do mercado português faz 40 anos. Conversámos com o editor Luís Oliveira. Que continua apaixonado e combativo.

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Rui Gaudêncio

Quando, há cerca de um quarto de século, entrevistámos Luís Oliveira pela primeira vez, o editor da Antígona – que já tinha publicado dois dos seus mais resistentes longsellers, O Banqueiro Anarquista, de Pessoa, e O Papalagui – alegou, com justificado orgulho, a excelência do seu catálogo citando dois livros: A Origem, de Graça Pina de Morais, e Discurso Sobre a Servidão Voluntária, de Étienne de La Boétie. Jack London, Orwell e Thoreau vieram, entretanto, juntar-se ao lote dos autores mais bem sucedidos da Antígona e hoje torna-se mais difícil escolher um título que sinalize o prestígio da editora, mas arriscaríamos falar de O Único e A Sua Propriedade, de Max Stirner, e de A Vida e Opiniões de Tristram Shandy, de Laurence Sterne.

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