Ministro elogia agentes de segurança e diz que Portugal “é dos países mais seguros do Mundo”

Eduardo Cabrita manifestou “um profundo reconhecimento por todos os militares da Guarda Nacional Republicana e por todos os polícias portugueses”.

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NUNO VEIGA/LUSA/Arquivo

O ministro da Administração Interna reconheceu, este domingo, o bom trabalho feito pelas forças e serviços de segurança e negou que os recentes episódios de violência sobre agentes de segurança revelem um agravamento deste tipo de problemas. Eduardo Cabrita sustentou que Portugal é, hoje, “um dos países mais seguros do Mundo” e lembrou que, nos últimos cinco anos, subiu de décimo-oitavo para terceiro lugar na tabela internacional de países mais seguros.

Instado pelos jornalistas a comentar a concentração de agentes de segurança junto ao Hospital de Coimbra, onde estão internados dois militares da GNR baleados no sábado, Eduardo Cabrita garantiu que “não há cada vez mais” casos de violência contra elementos de autoridade.

Os números do Relatório de Segurança Interna (RASI) apontam para 265 casos de agentes de segurança agredidos em serviço no decorrer do ano de 2018, mas o ministro da tutela afiançou que este tipo de problemas não tem aumentado nos últimos anos.

“Há cada vez mais proactividade e capacidade de resposta dos profissionais das forças e dos serviços de segurança. Os portugueses são devedores de um grande reconhecimento e admiração por uma actividade que, pela sua natureza, comporta riscos. Temos um profundo reconhecimento por todos os militares da GNR e por todos os polícias, que são quase 50 mil, que garantem todos os dias, com grande profissionalismo e dedicação, aquilo que é reconhecido globalmente, que Portugal é dos países mais seguros do Mundo”, concluiu o ministro.

Eduardo Cabrita falava aos jornalistas à margem da inauguração do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa.

Dois militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) sofreram ferimentos ligeiros depois de terem sido atingidos com disparos de arma de fogo, numa operação de fiscalização de trânsito no sábado de madrugada na freguesia de Cernache, no distrito de Coimbra, tendo depois a viatura, com três ocupantes, fugido.

Algumas dezenas de polícias concentraram-se na manhã deste domingo em frente ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra para manifestar apoio e solidariedade aos dois militares da GNR feridos, uma iniciativa convocada no sábado pelo Movimento Zero, constituído por um grupo de polícias que se mobiliza através das redes sociais.

Fonte ligada ao movimento disse à Lusa que estiveram concentrados cerca de 30 elementos da PSP, tendo estado também presentes no protesto, que começou a partir das 10h, militares da GNR.

Com esta concentração à civil, os polícias manifestaram apoio e solidariedade aos militares da GNR feridos no sábado de madrugada em serviço, estando um deles internado no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra.