Três milhões de euros para o São Carlos que não pacificam os trabalhadores (nem salvam a ópera que ficou por estrear)

Os funcionários do Opart cumprem este domingo mais um dia de greve. Face ao anúncio-surpresa, feito na sexta-feira pela tutela, de uma verba para obras no teatro, estranham que não seja possível atender a uma reivindicação laboral que custaria ao Estado apenas “60 mil euros”.

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Segundo o Ministério da Cultura, as obras no São Carlos devem iniciar-se em 2020 DAVID CLIFFORD/ARQUIVO

Os trabalhadores do Organismo de Produção Artística (Opart), entidade responsável pela gestão conjunta do Teatro Nacional de São Carlos (TSNC) e da Companhia Nacional de Bailado (CNB), cumprirão esta tarde mais um dia de greve à ópera La Bohème, que deveria ter este domingo a última das suas cinco récitas mas nunca chegou a estrear-se. Não os demoveu o anúncio-surpresa, feito na sexta-feira aos microfones da Antena 1 pela ministra da Cultura, de uma intervenção de três milhões de euros para a reabilitação do São Carlos – sobretudo porque, na mesma entrevista, Graça Fonseca deixou claro que terão de esperar para ver satisfeita a correcção da disparidade salarial entre os técnicos do TNSC e os técnicos da CNB que se mantém desde 2017.

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