Ponte móvel de Leixões cortada ao trânsito por tempo indeterminado

A APDL ainda não sabe qual é a origem do problema que mais uma vez força o encerramento da estrutura.

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Paulo Pimenta
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Sinal de trânsito
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A ponte móvel de Leixões está mais uma vez cortada ao trânsito por força de uma avaria de origem ainda por determinar. Desde as 23h de quinta-feira a ligação entre Matosinhos e Leça da Palmeira só é possível, para o trânsito automóvel e peões, por vias alternativas. Esta é mais uma das várias avarias registadas desde que a ponte original foi substituída, em 2007. A APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo está a apurar as causas da avaria.

Em Março do ano passado, o encerramento da ponte deu origem a longas filas de trânsito, tendo os automobilistas sido obrigados a encontrar uma rota alternativa. Os trabalhos de reparação duraram mais de uma semana, tendo aquela via de acesso permanecido cortada durante 13 dias. A APDL diz que, desta vez, ainda não é possível saber quantos dias estará fechada. Nesta sexta-feira, garante a mesma fonte, deslocaram-se ao local técnicos especializados para apurar a origem do problema, de forma a ser possível calcular-se os custos da reparação e o tempo que será necessário para os trabalhos estarem concluídos.

Entretanto, como já aconteceu noutras situações em que a ponte estava vedada ao trânsito e peões, a APDL disponibilizou formas alternativas para tornar possível ligar as duas margens do porto. De forma a minimizar os transtornos, a responsável pela ponte disponibilizou transporte gratuito para quem a atravessa a pé ou de bicicleta.

Em Matosinhos, a paragem está situada no acesso nascente à Ponte Móvel, junto ao ponto de passagem da Maré, ainda marcada com as cores da Resende, e, em Leça da Palmeira, está situada por baixo da ponte, junto à paragem da STCP. Das 7h às 22h o autocarro faz a ligação pelo interior do Porto de Leixões, a cada 10 minutos. Depois das 22h até às 7h o percurso é feito pelo exterior, a cada 20 minutos. Os automóveis foram desviados para o viaduto da A28.

Originalmente, a ponte móvel foi inaugurada há 59 anos. Em 2007 foi substituída por uma nova, dotada de uma estrutura mais ligeira e um sistema hidráulico que permite uma operação mais rápida, diminuindo o tempo de espera dos veículos, sempre que é necessário abrir os tabuleiros para que os navios que atracam no Porto de Leixões passem por baixo da mesma. A nova ponte permitiu ainda o alargamento do canal navegável no interior do porto, dos anteriores 59 metros para os 77,5 metros, possibilitando a entrada de navios de maior dimensão. A obra custou à APDL cerca de 13 milhões de euros, comparticipados em 45% por fundos europeus.

Esta é apenas uma das várias vezes que a ponte está fechada desde que a nova estrutura foi inaugurada. Além das referidas, nos últimos seis anos, já encerrou, pelo menos, mais duas. Em 2013, na sequência de um problema que ocorreu numa das rótulas da articulação do tabuleiro do lado norte, esteve fechada cerca de mês e meio. A reparação custou aproximadamente 300 mil euros, tendo reaberto em Dezembro do mesmo ano.

Poucos meses depois, em Fevereiro de 2014, aquela via voltou a estar cortada para que fossem trocadas as quatro peças restantes iguais à que deu origem à avaria do ano anterior, de forma a acautelar futuras avarias. Desta vez, ainda não se sabe quanto tempo ficará encerrada.

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