Antropólogo, de esquerda, anti-racista e agente da PSP

Filho e neto de comunistas que lutaram contra o regime, enfrentou recentemente um “exército” por causa da sua investigação académica sobre preconceitos entre polícias. Visto como traidor, teve que abandonar o cargo de dirigente sindical que exercia há mais de 20 anos. Quem é, afinal, este agente que pôs o país a falar de racismo? Perfil de Manuel Morais.

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Antropólogo, de esquerda, agente do corpo de intervenção da PSP e anti-racista: são quatro características que não costumam estar associadas. Mas estão em Manuel Morais. Podia acrescentar-se mais uma: é alguém que se comove com frequência. As lágrimas vêm-lhe aos olhos quando fala da família ou de um episódio com que se confrontou durante o seu trabalho. Foi Comando, está no Corpo de Intervenção da PSP, conhecido por ser musculado. Ingressou nas duas profissões com a missão de mudar a sociedade, para defender “os valores do 25 de Abril e da democracia”.

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