Rio encerra campanha a bater em Costa
O presidente do PSD participou no comício de encerramento da campanha do PSD para as europeias, no Porto
Nem no último dia de campanha, Rui Rio deu tréguas a António Costa e aproveitou o comício de encerramento da campanha das europeias do PSD no Porto para criticar o primeiro-ministro e o PS, um partido que avisou “não ser de confiança” por ter “levado Portugal à bancarrota”.
Mas as primeiras palavras foram para elogiar a mobilização dos portuenses em torno do projecto social-democrata para a Europa, que, acredita, sairá vencedor no próximo domingo, de acordo com a “sondagem” que viu esta sexta-feira na rua.
Rui Rio disse ter a certeza que a “sondagem mais real que o PSD tem é esta mobilização do Porto”. Dirigindo-se aos militantes, o líder social-democrata afirmou ser um gosto terminar a campanha na sua terra, que também é a de Paulo Rangel e de Francisco Sá Carneiro, sem o qual não haveria PSD.
Orgulhos à parte, o líder social-democrata acusou o secretário-geral do PS, António Costa, de esconder o seu número três à Europa, Pedro Silva Pereira. E perguntou à plateia: “Quem é o número três da lista do PS?”. Foi o próprio Rio a responder: “Ninguém sabe quem é por andar escondido”. E acrescentou: “No lugar dele também andava escondido por ter pertencido a um governo que levou o país à bancarrota”.
Feito o reparo, Rio recentrou a sua intervenção no projecto europeu que disse estar “ameaçado pelos extremismos da extrema-esquerda e da extrema-direita”, problema que, na sua opinião, só se resolve com o voto de domingo num partido moderado como é o PSD.
“Em Portugal, o PS encostou-se à extrema-esquerda enquanto na Europa foi agora fazer a ponte com os liberais e a direita”, apontou Rio, insurgindo-se contra António Costa por “ter usado o Bloco de Esquerda e ao PCP quando lhe deu jeito para agora dizer que “votar nos parceiros da geringonça é um voto de protesto e não serve para nada”.
Ainda segundo o líder do social-democrata, o PS serviu-se do Bloco e o PCP enquanto lhe deu jeito e agora deita-os fora. A isso, os portugueses chamam ingratidão”. “O PS não é um partido fiável”, considerou o líder do PSD, atirando com dois exemplos: “O caso da dívida do Governo ao SIRESP ou o das aeronaves que não conseguem levantar voo”.
Em relação à Europa, destacou a necessidade de a União Europeia se manter unida no combate às grandes catástrofes e disse ser preciso investir em projectos em prol da natalidade ou da luta contra o cancro, duas das bandeiras eleitorais do PSD na corrida às europeias.