Guitarras ao Alto tem Bruno Pernadas e Mário Delgado e arranca esta sexta-feira no Crato
Os dois músicos reúnem-se para apresentar música original em cenários, como claustros, igrejas ou estações ferroviárias desactivadas, que “pretendem valorizar o património alentejano”
O Guitarras ao Alto, que este ano tem como protagonistas os guitarristas Bruno Pernadas e Mário Delgado, arranca hoje, no Crato, com um espectáculo na Pousada Flor da Rosa, seguindo depois para outros locais do Alentejo. Depois do Crato, os músicos actuam em Estremoz (no sábado), Avis (31 Maio) e Beirã-Marvão (1 Junho).
Na 5.ª edição, a organização fez o desafio a Bruno Pernadas, que decidiu convidar Mário Delgado. “Tentamos em cada edição ter um conceito musical diferente e esta será mais jazz, mas com o Bruno e o Mário não se sabe bem para onde poderá ir”, disse o mentor da iniciativa, Vasco Durão, em Março, na conferência de imprensa de apresentação desta edição, em Lisboa.
Os músicos vão apresentar “conteúdo original em palcos que pretendem valorizar o património alentejano”, em locais como “claustros, igrejas e estações de comboios desactivadas”. Para Bruno Pernadas, este desafio junta um “desejo muito antigo, de ter um duo”, e “poder tocar no Alentejo” com um músico que considera “inspirador”.
Mário Delgado confessou ter ficado “surpreso” com o telefonema de Bruno Pernadas a desafiá-lo para fazerem dupla, já que os dois não se conheciam. “Conhecia a música dele e quando a ouvia fazia-me estalar a cabeça, porque toca música muito diferente”, partilhou.
O facto de ambos não serem apenas músicos de jazz tem sido, contou Mário Delgado, “uma das coisas mais difíceis - uma dificuldade boa”, na definição de um repertório para os concertos. “É que gostamos de muita coisa diferente, podemos abarcar muitos estilos”, disse.
O Guitarras ao Alto aconteceu pela primeira vez em 2014. Nessa edição participaram Tó Trips e Filho da Mãe. Nos anos seguintes, a iniciativa contou com parcerias entre Norberto Lobo e Luís José Martins (2016), Frankie Chavez e Peixe (2017) e Francisca Cortesão e Mariana Ricardo (2018).