O CDS anda feliz. Viva a sondagem!

Nuno Melo visitou a feira de Viseu e desvalorizou, como sempre faz, os resultados da mais recente sondagem. Mas o CDS a subir trouxe um claro ânimo ao candidato centrista.

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Nuno Melo LUSA/ESTELA SILVA

Nuno Melo e a sua comitiva em campanha andam felizes. Na feira semanal de Viseu, nesta terça-feira de manhã, distribuíram propaganda mas também sorrisos fartos. O resultado da sondagem feita pela Católica para o PÚBLICO e para a RTP dá o CDS a subir e a eleger dois deputados. Mas também devido ao debate da noite de segunda-feira no canal público, em que o pares de Melo lhe asseguram “que esteve muito bem”.

Como sempre faz, o candidato centrista desvalorizou a sondagem. “As leituras das sondagens no CDS são sempre as mesmas. Não nos iludimos quando são boas, não transformamos as sondagens em realidade e nem nos deprimimos quando são más. Crescemos dois pontos, mas vale o que vale”.

O sinal mais positivo é o seu partido ainda poder chegar ao terceiro lugar na votação: “Se a sondagem fosse verdadeira, o PSD, dada a distância, já não tem possibilidade de se aproximar do PS, mas o CDS tem toda a possibilidade de ficar à frente do BE e do PCP”.

Este é um dos principais objectivos do CDS e Melo voltou a fazer um apelo ao voto. “Nós somos a única opção possível para quem é de direita em Portugal. (…) Este sinal do voto na tolerância é um sinal de que Portugal deve dar na Europa. (...) Oito por cento? Eu gostaria de ter muito mais e o país ganharia com isso”

E se ficar atrás do BE e do CDS?, perguntaram os jornalistas. O candidato responde de pronto. “É a vida. Eu não digo é que os votos são fúteis. Todos os votos são bons”, afirmou, numa referência a Paulo Rangel, que, entretanto já pediu desculpa por ter usado aquela expressão.

Na feira de Viseu, o CDS teve uma adesão positiva, mas ainda assim os candidatos ouviram alguns lamentos, especialmente dos mais velhos. Uma senhora explicou aos candidatos de forma expedita as dificuldades que tem em viver com uma pensão de 200 euros.

À conversa com os jornalistas, Melo aproveitou para, mais uma vez, lançar fortes críticas ao Governo. “Esta feira ajudou a perceber, do ponto de vista social, as muitas preocupações das pessoas em Portugal, que sofrem situações que realmente são indignas do ponto de vista, desde de logo, de quem vai a votos falando de contas certas e daquilo que, governando, diz que faz diferente e não faz”, começou.

“Testemunhamos casos de vida que são transversais a outros que temos ouvido no país, o que não deveria acontecer. (…) Na campanha do PS há uma espécie de exercício paralelo que passa ao lado desta realidade”, conclui.

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