Apresenta-nos o teu fanzine.
CuntRoll Zine, uma publicação sem fins lucrativos que promove artistas que se identificam com o género feminino e/ou pessoas queer.
Quem são as autoras?
As autoras são todas as pessoas que respondam à chamada para trabalhos que é feita antes de cada número.
Do que quiseste falar?
A CuntRoll tem o objectivo de dar visibilidade a artistas amadores (e não só) que se identificam como mulheres e/ou pessoas queer. Quer criar um espaço seguro de partilha de arte e opiniões com uma perspectiva feminista, LGBTI+ e por parte de grupos minoritários que têm uma grande falta de representação na sociedade devido às opressões sistemáticas que sofrem.
Questões técnicas: quais os materiais usados, quantas páginas tem, qual a tiragem e que cores foram utilizadas?
No primeiro zine que saiu em 2011 escrevia tudo numa máquina de escrever antiga. Agora é computador, papel e tinta. As páginas de cada número podem variar, desde 10 a 50. A tiragem depende de quando vou estar numa feira — imprimo o que acho necessário para o evento.
Onde está à venda e qual o preço?
Estamos na Tigre de Papel, em Lisboa, e na Confraria Vermelha Livraria de Mulheres, no Porto. Mas o melhor é mesmo mandar mensagem pelo Facebook ou enviar e-mail e nós enviamos por correio, se necessário. Do número 1 ao 11 são dois euros; os números 12 e 13 custam três euros (as capas são muito melhores agora).
Porquê fazer e lançar fanzines hoje em dia?
Porque sentia falta de algo deste tipo em Lisboa, porque conhecia colectivos feministas em outros países que estavam a dar uma nova vida à cultura “fanzineira” e eu queria participar nesses projectos. Um dia, decidi que se quisermos fazer parte de algo que ainda não existe perto de nós podemos fazê-lo nós próprios e assim comecei esta aventura incrível que me trouxe muitas coisas boas.
Recomenda-nos uma edição de autor recente lançada em Portugal.
Recomendo vivamente o zine fantástico da Andreia Coutinho editado pela Sapata Press que se chama Hair e que devia ser lido por toda a gente.