Congelamentos e cativações: duas formas de fingir que não se fazem opções

Ao contrário do que se diz, o objectivo do défice zero não nos impede de fazer escolhas. É o contrário. Obriga-nos a fazer escolhas.

Esta semana que passou foi uma alegria. Ver tantas pessoas da área do Partido Socialista, algumas da sua ala esquerda, defender o rigor orçamental e a necessidade de não se desbaratar a actual herança comove-me. Meço as palavras. Se, de facto, o PS e os seus apoiantes passaram a ser uns fanáticos do equilíbrio orçamental, o país tem muito a ganhar com isso. Se, dentro de alguns anos, começarmos a crescer a ritmos decentes, pelo menos 3% ao ano, então o peso da dívida pública irá cair muito rapidamente e cumpriremos o Tratado Orçamental com distinção.

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