Portugueses consumiram mais gás natural e menos electricidade em Abril

No mês passado, a produção renovável representou 55% do consumo nacional e a produção não renovável 37%. Os restantes 8% foram abastecidos com recurso a energia importada.

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O consumo de gás natural aumentou 17,3% em Abril Adriano Miranda/ Arquivo

O consumo de electricidade recuou 3% em Abril face ao período homólogo de 2018, enquanto o consumo de gás natural aumentou 17,3% reflectindo o crescimento do segmento de produção de energia eléctrica, informou hoje a REN.

Segundo a REN - Redes Energéticas Nacionais, este crescimento no segmento de produção de energia eléctrica em Abril é “resultado de condições hidrológicas muito desfavoráveis face ao mesmo mês do ano anterior”.

Em termos acumulados, de Janeiro a Abril, o consumo de gás natural registou uma quebra de 2%, resultado de uma contracção de 13,2% no mercado eléctrico e de um crescimento de 1,7% no mercado convencional.

Quanto ao consumo de energia eléctrica, registou em Abril uma variação homóloga negativa de 3%, ou negativa de 2% com correcção de temperatura e dias úteis, sendo que desde o início do ano acumula uma quebra homóloga de 3,4%, ou uma quebra de 1,7% com correcção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

De acordo com a gestora da rede energética, em Abril as afluências “mantiveram-se abaixo dos valores médios, embora as condições tivessem melhorado face aos últimos meses”.

O índice de produtibilidade hidroeléctrica situou-se em 0,82 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica se situou em 1,13 (média histórica igual a 1), beneficiando de “condições favoráveis em Abril”.

No mês em análise, a produção renovável abasteceu 55% do consumo nacional, a produção não renovável 37%, enquanto os restantes 8% foram abastecidos com recurso a energia importada.

Considerando os primeiros quatro meses do ano, o índice de produtibilidade hidroeléctrica situou-se em 0,58 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica se fixou em 0,93 (média histórica igual a 1).

No mesmo período, a produção renovável abasteceu 51% do consumo, repartido pela eólica com 27%, hidroeléctrica 18%, biomassa 5% e fotovoltaica 1,8%, e a produção não renovável abasteceu 37% do consumo, repartido pelo gás natural com 21% e pelo carvão com 16%.

O saldo importador, que segundo a REN “tem sido quase sempre importador”, abasteceu cerca de 11% do consumo

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