Marcelo seria reeleito com 74% dos votos. E com voto em peso dos socialistas
Sondagem diz que eleitores do PS dariam a Marcelo cerca de 80% do seu apoio, um ponto a mais do que o que lhe dá o eleitorado PSD/CDS.
Marcelo Rebelo de Sousa pode ter o caminho livre para uma recandidatura nas presidenciais de 2021. A sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e para a TSF divulgada este sábado dá ao actual Presidente da República uma vitória esmagadora para um possível segundo mandato: atribui-lhe 74% das intenções de voto dos portugueses e uma avaliação positiva por parte de 91% dos inquiridos.
De acordo com a sondagem, e se se repetissem as últimas eleições presidenciais, Marcelo seria eleito com mais 22 pontos do que aqueles com que venceu em 2016. E Marcelo é transversal: os eleitores do PS dariam a Marcelo cerca de 80% dos seus votos, um ponto a mais do que o que lhe dá o eleitorado PSD/CDS, a sua família partidária de origem.
O eleitorado comunista é, segundo a sondagem, o que menos apoia o Presidente da República para um segundo mandato. Mesmo assim, 50% dos eleitores da CDU votariam novamente em Marcelo Rebelo de Sousa.
Para além da maioria absoluta nas intenções de voto, é também atribuída a Marcelo uma avaliação positiva por parte de 91% dos portugueses inquiridos, e 29% dizem que a actuação do Presidente tem sido mesmo “muito boa”. Destaca-se ainda o facto de Marcelo conseguir a quase unanimidade em três categorias diferentes: entre os portugueses com idades compreendidas entre os 55 e os 64 anos (97%), entre os habitantes de Lisboa (95%), e entre os eleitores do PS e do Bloco de Esquerda (96%).
Há ainda um destaque para o grau de exigência que Marcelo deverá ter para com o Governo se for reeleito para um segundo mandato: 71% dos inquiridos dizem que a exigência deve aumentar. Um pedido de rigor que é particularmente desejado entre os jovens entre os 18 e os 24 anos (82%).
Numa entrevista à TVI, em Março, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que tomaria a decisão de uma eventual recandidatura a Belém “em meados do próximo ano”, fazendo-a depender de dois factores: o seu estado de saúde e a ocorrência de um contexto interno e internacional “semelhante” ao que o levou a candidatar-se à Presidência em 2015. Quando à saúde, Marcelo dizia sentir-se bem por agora.