EUA querem prender suspeito de ataque à embaixada da Coreia do Norte em Madrid
Adrian Hong Chang, de nacionalidade mexicana, é alvo de um mandado de captura norte-americano, mas é também procurado por Espanha. Julga-se que more na Califórnia.
Os EUA emitiram um mandado de captura contra Adrian Hong Chang, um ex-activista pelos direitos humanos de nacionalidade mexicana que Espanha pediu para ser extraditado dos Estados Unidos, por suspeita de ter liderado um ataque à embaixada norte-coreana em Madrid.
O mandado de captura foi emitido em 9 de Abril, e cita informações passadas pelas autoridades espanholas, diz a Reuters. Hong Chang é considerado o líder do ataque em 22 de Fevereiro à embaixada norte-coreana em Madrid, em que participaram outros seis membros do grupo Free Joseon (Coreia Livre), que defende o derrube do regime de Kim Jong-un.
Seis assaltados, armados com facas, barras de ferro e pistolas falsas, penetraram na embaixada - apresentando-se como empresários - e conseguiram algemar o encarregado de negócios e outro pessoal diplomático, mantendo-os prisioneiros durante várias horas. Bateram-lhes, roubaram equipamentos de informática e conseguiram fugir da embaixada.
Hong Chang, que residirá em Los Angeles, voltou para os Estados Unidos via Lisboa no dia após o ataque e teve uma reunião em Nova Iorque com agentes do FBI, a quem entregou parte do material roubado. Esse material foi devolvido à missão diplomática norte-coreana em Madrid.
Um dos companheiros de Hong Chang no assalto, Christopher Philip Ahn, um ex-fuzileiro de 38 anos, de nacionalidade norte-americana e do qual Espanha pede a extradição, foi detido em 18 de Abril e permanece sob custódia das autoridades norte-americanas.
A justiça espanhola acusa-os de invasão, detenção ilegal, ameaças, roubo com violência, agressão e de pertencerem a uma organização criminosa.
O advogado de Hong Chang, Lee Wolosky, disse após a detenção de Ahn “lamentar que o Departamento de Justiça dos EUA tenha executado ordens de detenção contra cidadãos norte-americanos, na sequência de queixas-crime apresentadas pela Coreia do Norte”.