Rio leva o Conselho Estratégico ao país

De norte a sul, mais no litoral do que no interior, sem visitar Açores e Madeira. Périplo começa no início de Maio e termina em finais de Junho.

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Rui Rio no Conselho Estratégico Nacional de Santa Maria da Feira LUSA/PAULO NOVAIS

Entre 4 de Maio e 29 de Junho, o Conselho Estratégico Nacional do PSD, uma das novidades da direcção de Rui Rio, vai andar pelo país, debatendo aspectos sectoriais que, depois, serão carreados para o programa eleitoral do partido para as legislativas de 6 de Outubro. Este périplo começa já no início do próximo mês, com duas convenções temáticas: de Ambiente, Energia e Natureza, em Leiria; e de Finanças Públicas, em Lisboa. A conclusão, em finais de Junho, a 29, decorre com três sessões: sobre Economia, Trabalho e Inovação, novamente em Leiria; Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, outra vez em Lisboa; e sobre Cultura - sector que corresponde a uma subsecção do CEN -, em Óbidos.

No total, estão agendadas 13 convenções temáticas que, segundo o site do PSD, “estão abertas a todos os inscritos e interessados em participar ou mesmo inscrever-se neste fórum de debate, que conta actualmente com cerca de duas mil pessoas.” Cinco dias depois da jornada inicial de 4 de Maio, tem lugar em Lisboa a convenção da secção temática de Assuntos Europeus.

A 11 do mesmo mês, existem reuniões em Viseu, sobre a Reforma do Estado, Autonomias e Descentralização; no Porto, versando a Saúde; e em Santarém, dedicada à Segurança Interna e Protecção Civil. Já as reuniões das secções de Relações Externas e Defesa Nacional, e de Educação, Cultura, Juventude e Desporto decorrem a 1 de Junho, respectivamente, em Albufeira e Torres Novas.

A 15 de Junho, tem lugar em Coimbra o encontro sobre Justiça, Cidadania e Igualdade e, sete dias depois, Aveiro será a cidade a acolher a reunião dos temas Solidariedade e Sociedade de Bem-Estar.

O périplo decorre, assim, de norte a sul, fundamentalmente em cidades e localidades do litoral, e não visita as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

A primeira convenção do Conselho Estratégico foi a 16 de Fevereiro, nas instalações do Europarque de Santa Maria da Feira, em Aveiro, com uma agenda multitemática: das Relações Externas à Justiça, dos Assuntos Europeus à Reforma do Estado, passando pela Descentralização, Mar e Portos, e Educação. Naquele mesmo dia, decorria em Vila Nova de Gaia a Convenção Europeia do PS, na qual António Costa anunciou oficialmente o cabeça de lista para o Parlamento Europeu, o ex-ministro do Planeamento e Infra-estruturas, Pedro Marques.

Desde que foi criado, o Conselho Estratégico Nacional já conheceu três baixas. A última das quais, foi a do deputado Bruno Vitorino, líder da distrital de Setúbal, que, a 23 de Janeiro, abandonou a coordenação do partido na comissão parlamentar de Defesa Nacional e assegurava a ligação entre os deputados do PSD nela representados e o CEN. Esta área é tutelada, no Conselho Estratégico, pelo antigo ministro Ângelo Correia.

A primeira baixa entre coordenadores e porta-vozes do conselho ocorreu em Junho do ano passado. Alegando “razões de natureza pessoal e profissional”, o deputado José Matos Correia demitiu-se do cargo de coordenador daquele órgão para a área de Segurança Interna e Protecção Civil, tendo sido substituído pelo advogado Luís Pais de Sousa.

Um dia depois do conselho nacional do Porto, de 17 de Janeiro, durante o qual foi aprovada a moção de confiança apresentada por Rui Rio, com 76 votos a favor e 50 contra, Rui Nunes, coordenador de Relações Externas, que tinha como tarefa promover o debate nos distritos de Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança, demitiu-se do Conselho Estratégico. Alegou não estarem reunidas as condições básicas para que a tarefa de coordenador regional pudesse “ser cumprida com o rigor e a eficácia que se exigem”.

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