“Há uma sensação de esgotamento na cultura em geral. Os miúdos sentem-se deprimidos com o futuro”, escrevia o escritor e jornalista musical britânico Simon Reynolds em 1990, no seu livro Blissed Out. Havia, certamente. Na verdade, há sempre. Os miúdos estão sempre deprimidos com o futuro, tanto quanto estão sedentos de presente, mas talvez a depressão se notasse mais, no que à música diz respeito, naquele presente de fim de qualquer coisa sem que outra se apresentasse ainda claramente. “Here we are now, entertain us”, resumiriam uns tipos chamados Nirvana um ano depois do escrito por Reynolds.