Jerónimo cita Cunhal para garantir “confiança” porque “avançar é preciso”
O secretário-geral comunista citou nesta segunda-feira o histórico líder do PCP, Álvaro Cunhal, para garantir que, com “confiança”, a CDU pode atingir os seus objectivos nas várias eleições que se aproximam, pois “avançar é preciso”.
“Confiança, confiança, confiança”, repetiu Jerónimo de Sousa, dizendo terem sido as palavras de Cunhal à chegada a Portugal do exílio depois do 25 de Abril de 1974. “Com a nossa confiança podemos conseguir os nossos objectivos”, assegurou, num encontro, em Lisboa, com apoiantes da coligação que junta PCP, “Os Verdes”, Associação Intervenção Democrática e independentes.
O líder comunista saudou “muitos activistas, democratas, independentes, que dão sentido e dimensão” ao “projecto democrático e unitário”.
“Vivemos um tempo de escolhas, de opções. Estão aí batalhas eleitorais que vão determinar muito da evolução do país nos próximos anos. Entre avançar e andar para trás, avançar é preciso. A CDU é decisiva para avançar. Nenhum avanço mais significativo deixou de ter a proposta da CDU”, afirmou.
O cabeça de lista europeu da CDU, João Ferreira, declarou que a “batalha” das eleições europeias de 26 de Maio “é parte de um ciclo eleitoral com importância decisiva no futuro imediato do país”.
“Em confronto estão diferentes visões. Uma que pretende recuar ao tempo em que se entendia que era empobrecendo que o país ficava melhor. E uma, que a CDU corporiza, que considera que a opção não é ficarmos parados e andar para trás. A solução é avançar. Esse avançar é o melhor contributo que podemos dar a uma luta que se esta a travar por uma outra Europa, que se define por oposição aquilo que é a União Europeia”, uma “Europa de progresso social e cooperação”.
A dirigente e líder parlamentar do PEV, Heloísa Apolónia, questionou sobre que vozes se quer ter no Parlamento Europeu.
“Vozes conformadas, submissas? Nós temos o dever de responder que dessas vozes não temos na CDU. Temos vozes firmes, determinadas, pela defesa dos direitos dos povos e sustentabilidade do desenvolvimento, pelo combate às desigualdades, ao racismo e xenofobia”, assegurou.
Segundo a deputada ecologista, “assistimos a uma União Europeia construída com base nos interesses dos grandes grupos económicos e dos países mais fortes e das vontades das elites”.