Quase 20% das cirurgias em Janeiro ultrapassaram tempo máximo de resposta
No final de Janeiro, 42.514 doentes tinham já ultrapassado o tempo máximo de espera para cirurgia, avança o JN. Ministério da Saúde traçou um plano de acção para os hospitais.
Em Janeiro, 42.514 doentes ultrapassaram o tempo máximo de espera para cirurgia, avança o Jornal de Notícias neste domingo. Representam 17,6% do total, mais 5,5 pontos percentuais face a 2014, ano em que se verificou o resultado mais baixo de sempre (12,1%).
O jornal adianta que estavam inscritos na lista para cirurgia do Sistema Nacional de Saúde (SNS) 240.946 mil utentes, e cerca de 82,4% estavam dentro do tempo máximo de resposta. Este valor representa menos três pontos percentuais comparado com o período homólogo em 2018.
Já no primeiro trimestre de 2019 o número de cirurgias programadas desceu 3% — cerca de cinco mil cirurgias que não se realizaram. Neste período – principalmente desde 31 de Janeiro até 19 de Fevereiro — a greve dos enfermeiros em blocos operatórios levou a que 5031 cirurgias fossem adiadas.
Ao Jornal de Notícias, o Ministério da Saúde diz que já traçou um plano de acção para os hospitais reduzirem o tempo de espera em sete especialidades mais críticas e com maior número de utentes à espera – oftalmologia, ortopedia, cirurgia geral, otorrinolaringologia, urologia, cirurgia plástica e reconstrutiva e ginecologia.
Em Março, a ministra Marta Temido já tinha afirmado que o Governo ia tentar que os utentes que aguardam há mais de um ano por consulta ou cirurgia com prioridade normal nos hospitais fossem atendidos até final deste ano e, para isso, vai melhorar as indicações clínicas destes pedidos.
Em 2017, o Ministério da Saúde reduziu o tempo máximo de espera por cirurgia de 270 para 180 dias após indicação clínica.