Presidente da República deu posse ao novo secretário de Estado do Ambiente
João Ataíde, sucede a Carlos Martins que se demitiu depois de ter sido noticiado que nomeou um primo para o gabinete.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu nesta quinta-feira posse ao novo secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, sucedendo a Carlos Martins que se demitiu depois de ter sido noticiado que nomeou um primo para o gabinete.
Na cerimónia da tomada de posse, que decorreu esta tarde no Palácio de Belém, em Lisboa, esteve ainda o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.
António Costa - que na sessão de cumprimentos manteve uma conversa mais prolongada com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o juiz conselheiro António Joaquim Piçarra - ficou no Palácio de Belém depois da cerimónia para a reunião semanal com o Presidente da República.
De ministros do Governo, para além do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, estiveram ainda a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e o ministro da Administração Interna, Miguel Cabrita.
O juiz e até agora presidente da Câmara da Figueira da Foz desde 2009, João Ataíde das Neves, é o novo secretário de Estado do Ambiente.
Natural da Figueira da Foz, onde nasceu em 1958, João Ataíde das Neves é licenciando em Direito pela Universidade de Coimbra, pós-graduado em Direito do Sector Empresarial do Estado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e participou no Programa de Capacitação Avançada de Líderes, orientado pela Nova School of Business and Economics.
Carlos Martins pediu a demissão no final da semana passada depois ter sido noticiado que nomeou o primo Armindo Alves para adjunto do gabinete. Armindo Alves já se tinha demitido no dia anterior.
De acordo com uma nota do gabinete de João Pedro Matos Fernandes, o pedido de demissão foi feito a partir da Costa Rica, onde o secretário de Estado se encontrava “em representação do Governo português”.
Na missiva, Carlos Martins justifica o pedido de demissão com o facto de esta polémica poder prejudicar o executivo e o PS.
“Entendo que o assunto pode prejudicar o Governo, o Partido Socialista e o senhor Primeiro-Ministro. Com a mesma honra que determinou a minha aceitação de funções governativas, entendo, nesta hora, pedir a minha demissão ao senhor Primeiro-Ministro e ao senhor ministro”, referia.
“Ao longo destes anos, enquanto Secretário de Estado do Ambiente, agi sempre por critérios de boa-fé e procurei dar o meu melhor para atingir os objectivos do Governo e do Ministério do Ambiente e da Transição Energética”, escreve ainda Carlos Martins na carta de demissão.