Regresso de Ronaldo aos golos não bastou para a Juventus vencer

Italianos empataram no terreno do Ajax. Em Old Trafford, o Barcelona derrotou o Manchester United graças a um autogolo.

Cristiano Ronaldo fez o golo da Juventus em Amesterdão
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Cristiano Ronaldo fez o golo da Juventus em Amesterdão LUSA/ROBIN VAN LONKHUIJSEN
,Mohamed Salah
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Jurgen Ekkelenkamp desespera após um falhanço do Ajax Reuters/WOLFGANG RATTAY
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Neres festeja o seu golo contra a Juventus Reuters/WOLFGANG RATTAY
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O cabeceamento de Cristiano Ronaldo para golo Reuters/WOLFGANG RATTAY
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Suárez festeja o golo do Barcelona em Old Trafford Reuters/LEE SMITH
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Jogada na partida entre o Manchester United e o Barcelona Reuters/LEE SMITH

As notícias não foram tão boas quanto a Juventus gostaria, nem tão más quanto o Ajax poderia temer: Cristiano Ronaldo regressou duas semanas e meia depois de se ter lesionado ao serviço da selecção portuguesa, fez o 125.º golo da carreira na Liga dos Campeões no exacto dia em que passaram 12 anos sobre a sua estreia a marcar na principal competição europeia, mas isso não bastou para os italianos vencerem o Ajax na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões (1-1). Numa partida em que foram superiores durante largos períodos, os holandeses podem lamentar-se da falta de eficácia que os impediu de obter um resultado positivo.

Houve empate entre as duas equipas que chegaram aos quartos-de-final graças a reviravoltas memoráveis — o Ajax goleou o Real Madrid no Santiago Bernabéu após ter perdido em casa, e a Juventus afastou o Atlético de Madrid, com quem tinha perdido na primeira mão. É, no entanto, um empate que deixa os “bianconeri” em ligeira vantagem, graças ao golo marcado fora de casa, embora isso não seja garantia nenhuma dado aquilo que já se viu a equipa de Erik ten Hag fazer.

O treinador da Juventus, Massimiliano Allegri, tinha dito que só um imponderável impediria Cristiano Ronaldo de jogar, e o internacional português foi, de facto, titular. Mas durante grande parte do primeiro tempo andou desaparecido. Foi o marroquino Ziyech quem começou por ser o grande agitador da partida em Amesterdão, com um grande remate a sair à malha lateral da baliza italiana (6’) e depois a desferir um remate colocadíssimo que obrigou Szczesny a fazer uma excelente defesa (18’).

Sem abrandarem, os holandeses voltaram a ameaçar aos 25’, com um passe de Tadic a deixar Van de Beek em excelente posição — mas o jovem holandês errou o alvo por milímetros.

Foi preciso esperar 30 minutos para ver um sinal de vida de Cristiano Ronaldo: rematou de primeira na sequência de canto, mas ao lado. Pouco depois tocou de cabeça para Bernardeschi, cujo remate também errou o alvo. Mas, no único remate enquadrado com a baliza adversária na primeira parte, a Juventus comemorou. Foi um golo construído pelos dois portugueses dos “bianconeri”, mesmo antes do intervalo: Ronaldo correspondeu ao passe de João Cancelo e desferiu um cabeceamento sem hipóteses para Onana. Passados 12 anos do primeiro golo na Champions, o madeirense tornou a marcar e elevou essa contagem para 125 (foi o 24.º em 21 jogos relativos aos quartos-de-final da competição).

Mas o Ajax já mostrou que é uma equipa que não se rende. E, logo no início do segundo tempo, restabeleceu a igualdade. O pontapé de saída pertenceu aos holandeses que, em sete passes, fizeram a bola chegar ao fundo da baliza da Juventus. Pelo meio, um erro de João Cancelo permitiu a David Neres avançar pelo lado esquerdo e disparar para o 1-1.

Apesar do assédio intenso que montou à área italiana, o Ajax não conseguiria consumar a reviravolta no marcador. E, já na recta final da partida, até foi a Juventus a estar muito perto do golo: Douglas Costa avançou pelo lado esquerdo e atirou ao poste da baliza de Onana (85’). Nada ficou decidido em Amesterdão, mas com duas equipas especialistas em reviravoltas, nenhum resultado seria definitivo.

Na outra partida da noite, a expectativa redundou em desilusão. Na reedição das finais de 2011 e 2009, Manchester United e Barcelona pareceram mais empenhados em não perder do que em outra coisa. Um golo de Luis Suárez com a “ajuda” de Luke Shaw deu o triunfo aos catalães em Old Trafford. O lance que decidiu a partida aconteceu aos 12’: Busquets descobriu Messi e o argentino colocou em Suárez, cujo cabeceamento ainda sofreu um desvio em Shaw. O golo foi inicialmente anulado por fora de jogo, assinalado pelo árbitro auxiliar, mas o videoárbitro corrigiu a decisão — e a UEFA atribuiria o golo ao defesa inglês, na própria baliza.

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