Pitão de cinco metros é denunciada pelo “namorado” e capturada no Parque Nacional Everglade
A cobra, que se encontra grávida com 73 ovos, mede mais de cinco metros de comprimento e pesa cerca de 63,5 quilos. Foi “denunciada” pelo “namorado”.
Uma cobra pitão grávida de 5,2 metros de comprimento foi capturada no Parque Nacional Everglades, na Florida, Estados Unidos. A pitão, que se encontra grávida de 73 ovos, pesa cerca de 63,5 quilogramas. Acredita-se que esta será a maior pitão alguma vez encontrada naquela reserva natural. O réptil foi capturado na quinta-feira passada, por uma equipa da Reserva Nacional Big Cypress (EUA) que fez uma publicação do Facebook a anunciar o recorde.
Os ambientalistas têm reunido esforços para encontrar soluções de forma a erradicar as espécies invasoras do Parque Nacional Everglades - uma área que corresponde a cerca 6070 quilómetros quadrados -, como é o caso das pitão birmanesas. Segundo o diário britânico Guardian, foi na década de 1980 que algumas destas cobras foram libertadas naquele local. Outras cobras pitão que se encontravam em cativeiro terão escapado durante a passagem do furacão Andrew em 1992.
À medida que estes répteis se foram reproduzindo, as populações de guaxinins, gambás e linces diminuíram entre 88% e 99%, de acordo com estudos citados pelo mesmo jornal, enquanto outras espécies de coelhos e raposas desapareceram por completo.
Os especialistas acreditam que, actualmente, existem no Parque Nacional Everglades dezenas de milhares de cobras pitão.
“Todo o trabalho desenvolvido no Big Cypress centra-se no controlo desta espécie invasora, que representa ameaças significativas para a vida selvagem nativa”, escreveram os responsáveis pela captura na publicação do Facebook.
A equipa explicou ainda que foi possível encontrar esta pitão gigante através de um macho, “um namorado” que revelou a sua localização. “Usar cobras pitão macho [monitorizadas] através de transmissores de rádio permite à equipa localizar o macho e encontrar as fêmeas reprodutoras”, acrescentaram os especialistas.
O objectivo passa não só por retirar as cobras invasoras daquele local, mas também por recolher “dados para investigação, desenvolver novas estratégias e compreender de que forma as cobras pitão estão a usar a reserva”.
As entidades responsáveis pela gestão dos Everglades organizam caças a estes répteis regularmente, tendo já matado pelo menos mil exemplares.