Greta Thunberg, a adolescente sueca que criou o movimento da greve às aulas, às sextas-feiras, contra as alterações climáticas, assegurou, numa manifestação em Berlim, que a campanha é só “o princípio do princípio” na luta contra o aquecimento global.
Perante vários milhares de pessoas — 25.000 segundo os organizadores —, a jovem denunciou novamente a inacção dos adultos face ao aquecimento global, instou a uma mudança de comportamento e garantiu que a acção irá mais além.
“As gerações adultas falharam-nos na maior crise que a humanidade enfrenta”, disse a sueca, de 16 anos, que pareceu, por momentos, algo surpreendida com a calorosa recepção que lhe fizeram os manifestantes, entre gritos e fotografias. Greta Thunberg está nomeada para o Prémio Nobel da Paz.
Milhares de crianças e adolescentes, acompanhados por professores e reformados, participaram no protesto empunhando cartazes com a frase “Não há um Plan(eta) B” e gritando palavras de ordem como “Estamos aqui e somos ruidosos porque nos roubam o futuro”.
Segundo Greta, os jovens deve “sair da zona de conforto” e procurar “uma mudança de comportamento” para juntar à luta contra o aquecimento global. Num breve discurso, mostrou-se optimista sobre o futuro do movimento global que iniciou no Verão e ao qual se juntaram, esta sexta-feira, 29 de Março, 30 cidades na Alemanha e mais de uma centena em toda a Europa.
“Isto é apenas o princípio do princípio, acreditem”, disse para finalizar o discurso, provocando uma ovação no encerramento da manifestação, frente à Porta de Brandeburgo. Greta, que se deslocou há algumas semanas à greve estudantil de Hamburgo (no Noroeste da Alemanha), recebe este sábado, 30, o prémio “Câmara de Ouro”, no âmbito de uma gala organizada pela televisão pública alemã.