Netanyahu encurta viagem aos EUA com tensão máxima em Gaza

Rocket atinge casa a Norte de Telavive e exército israelita promete uma resposta dura, antes do aniversário dos grandes protestos de 2018, e com o Hamas a braços com manifestações em Gaza.

Fotogaleria
A casa atingida na comunidade de Mishmeret LUSA/ABIR SULTAN
A casa atingida na comunidade de Mishmeret
Fotogaleria
A casa atingida na comunidade de Mishmeret LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN
Fotogaleria
LUSA/ABIR SULTAN

O primeiro-ministro israelita decidiu encurtar a visita aos EUA e prometeu responder “com força” ao ataque com rockets disparados da Faixa de Gaza que atingiram uma casa na comunidade de Mishmeret, a norte da cidade de Telavive, do qual resultaram sete feridos. 

Benjamin Netanyahu tinha chegado no domingo a Washington, para participar na conferência anual do lobby pró-judaico American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), que decorre até terça-feira.

“Foi cometido um ataque criminoso contra o Estado de Israel e nós responderemos com força”, afirmou Benjamin Netanyahu.

É raro que rockets disparados de Gaza atinjam Telavive, a capital comercial de Israel, que fica a uma grande distância – por isso não é de estranhar que o Estado hebraico prepare uma retaliação forte. O Exército israelita disse que o rocket foi disparado a 120 km de distância, e anunciou que estava a reforçar as suas forças ao longo da fronteira com Gaza e que mobilizou reservistas, diz a Reuters.

O ataque, que não foi ainda reivindicado, aconteceu uma semana depois de o Exército israelita ter atacado uma centena de alvos do movimento radical palestiniano Hamas, na Faixa de Gaza, em resposta a disparos de rocket lançados de Gaza também para Telavive. Foi o primeiro ataque deste tipo desde a guerra de 2014 de Israel com o Hamas.

Ao mesmo tempo, surge num momento sensível para ambos os lados: Israel terá eleições antecipadas a 9 de Abril. O momento não é propício para um novo confronto de grande escala.

Em Gaza, por outro lado, o Hamas, o movimento islamista que controla o território tem usado da força para controlar um movimento de protesto crescente nas últimas semanas contra a pobreza, a falta de tudo, a injustiça social. As manifestações sob o mote “Queremos Viver” foram dispersadas pela polícia de choque. A Amnistia Internacional diz que centenas de pessoas, incluindo jornalistas que tentam cobrir o que se está a pensar, foram sujeitos a prisões arbitrárias e a tortura na Faixa de Gaza nos últimos dias.

Para ajuda a compor o clima escaldante, a 30 de Março – o próximo domingo – passa um ano sobre o grande movimento de protesto palestiniano a que chamaram A Grande Marcha do Retorno, em que era exigido que os refugiados palestinianos e os seus descendentes pudessem regressar às suas terras, no território que é hoje Israel.

As manifestações junto à fronteira de Gaza com Israel foram-se repetindo até 15 de Maio, data da fundação do Estado de Israel e da inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém, e foram violentamente reprimidas por Israel, com grande perda de vidas palestinianas – pelo menos 160.

Na sexta-feira, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução que condena o “uso aparentemente intencional e ilegal por Israel de força letal e excessiva” contra manifestantes civis em Gaza”, e apelou a que os prepretadores destas violações da lei respondessem perante a justiça. 

Sugerir correcção
Comentar