Médicos excluem contaminação radioactiva na morte de testemunha das festas “bunga bunga” de Berlusconi

Imane Fadil, modelo marroquina que testemunhou contra Silvio Berlusconi no caso Rubygate, morreu a 1 de Março aos 33 anos. Semanas antes, disse aos amigos e ao seu advogado que tinha sido envenenada.

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Silvio Berlusconi, o antigo primeiro-ministro italiano Reuters/STEFANO RELLANDINI

Os primeiros exames realizados após a morte de Imane Fadil, modelo marroquina que morreu no dia 1 de Março e que era uma das principais testemunhas contra o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi no caso das festas “bunga bunga”, excluíram a hipótese de contaminação radioactiva. No entanto, as causas da morte continuam por estabelecer e a investigação prossegue em Roma.

No contexto das referidas festas eróticas que decorriam numa casa do antigo primeiro-ministro, Berlusconi era suspeito de envolvimento com uma menor de idade —  Karima El Mahroug, outra modelo marroquina conhecida como Ruby, que daria o nome ao escândalo Rubygate. O antigo chefe de Governo acabaria por ser ilibado.

Fadil, de 33 anos, morreu no dia 1 de Março, um mês depois de ter dado entrada num hospital em Milão com fortes dores de estômago. Hospitalizada, antes de morrer, a modelo disse a amigos e ao seu advogado que teria sido envenenada.

Análises de sangue conduzidas na altura identificaram a presença de cádmio, crómio e cobalto no organismo no organismo, indicativas da possibilidade de envenenamento ou de uma doença rara. Com o mistério ainda por solucionar, os testes agora realizados excluem pelo menos a hipótese de contaminação radioactiva.

Nos últimos tempos, segundo a imprensa italiana citada pela Reuters, Fadil estaria a escrever um livro sobre Berlusconi e outras figuras próximas do ex-primeiro ministro italiano. A obra não chegou a ser publicada mas a justiça transalpina já tem em sua posse uma cópia do manuscrito.

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