Alunos da Escola Artística Soares do Reis no Porto querem mais apoio do Estado

Estudantes pedem apoio no pagamento dos materiais necessários durante os três anos de formação obrigatória.

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Nelson Garrido

Cerca de 50 alunos da Escola Artística Soares do Reis, no Porto, pediram esta quarta-feira mais apoio do Estado para, entre outros, ajudar ao pagamento dos cerca de 3000 euros por ano em materiais nos três anos de formação obrigatória.

Em representação dos alunos concentrados em frente à Escola Artística Soares do Reis, João Caldas elencou à agência Lusa as reivindicações das escolas artísticas inseridas no Dia de Luta Nacional.

“Pedimos mais apoio ao ensino artístico, pois os nossos materiais são bastante caros, e a melhoria das condições de algumas escolas”, disse o aluno realçando o envolvimento de "mais de 55 associações de estudantes” nesta dupla reivindicação.

Especificando, João Caldas explicou que anualmente, em materiais, os alunos “gastam mais de três mil euros”, valor que se multiplica pelos três anos de ensino obrigatório na Soares dos Reis, entre o 10.º ano e o 12.º ano.

Com o “Estado a subsidiar algumas dessas despesas”, o esforço maior, enfatiza João Caldas, é dos alunos, “que ou pagam do seu bolso ou pedem materiais emprestados”.

“Há mais de 1000 alunos nesta escola que diariamente enfrentam essas dificuldades”, revelou.

Apesar do elevado número de alunos matriculados, a manifestação acabou por não atrair mais de 50 estudantes, também eles impedidos pela direcção da escola de colar os cartazes nas paredes do estabelecimento e onde se pedia, a título de investimento da tutela, o pagamento da Prova de Aptidão Artística.

João Caldas explicou a ausência de mais alunos na concentração pelo facto de estes terem as tardes de quarta-feira livres e ainda por “terem sido obrigados a mudar a hora da manifestação das 8h30 para as 13h25” porque a “direcção marcava falta” a quem faltasse às aulas.