Número de mortos no atentado de Christchurch sobe para 50
Segundo a polícia, o australiano Brenton Tarrant foi o único atirador envolvido no ataque a duas mesquitas em Christchurch.
O número de mortos resultantes do atentado na cidade de Christchurch subiu para 50, confirmou este sábado, em conferência de imprensa, o comissário da polícia da Nova Zelândia Mike Bush.
As autoridades avançaram ainda que Brenton Tarrant foi o único atirador que esteve envolvido no ataque a duas mesquitas em Christchurch. Duas outras pessoas, um homem e uma mulher, foram detidas momentos depois do atentado, mas não tiveram afinal qualquer ligação com o atirador. A mulher já saiu em liberdade; já o homem, de 18 anos, foi acusado por crimes relacionados com a posse de armas de fogo.
Durante as operações levadas a cabo pela polícia no local na noite passada, as autoridades localizaram uma outra vítima (a 50.ª), disse o comissário Mike Bush. A polícia já tem uma lista com as possíveis identidades das vítimas mortais do ataque e as famílias já foram avisadas.
Porém, os corpos das vítimas ainda não foram entregues às famílias, visto que têm de ser autopsiados. “Temos estado a trabalhar com patologistas e médicos legistas e temos de ser claros sobre a causa da morte e a identidade [das vítimas] antes de o podermos fazer”, explicou Mike Bush. As autoridades acrescentam que estão a reunir esforços para que este processo fique concluído o mais rápido possível e com a máxima “sensibilidade”, tendo em conta as “necessidades culturais e religiosas” dos familiares.
O ataque provocou também 50 feridos, 36 deles ainda no Hospital de Christchurch, segundo o último balanço das autoridades. Duas pessoas permanecem em estado crítico e uma criança encontra-se em observação no Hospital Starship.
Em conferência de imprensa, o comissário Mike Bush elogiou ainda a actuação da polícia durante a apreensão de Brenton Tarrant. “Acredito que eles evitaram futuros ataques”, disse Bush, acrescentando que Tarrant foi visto como “uma ameaça directa”.
Quanto às medidas de reforço de segurança nas mesquitas do país, o comissário explicou que irão continuar até as autoridades acreditarem que “não há ameaça”.
Alguns membros da polícia encontram-se agora a prestar apoio aos familiares das vítimas. “Infelizmente já passamos por situações traumáticas antes e a nossa equipa sabe como lidar com estas situações” disse Mike Bush, referindo-se ao terramoto de Fevereiro de 2011, em Christchurch, que provocou 115 mortos.
A polícia revelou ainda ter sido informada de que um drone sobrevoou a cidade de Christchurch neste sábado à noite (domingo de manhã na Nova Zelândia) e pediu à população, através da rede social Twitter, que parasse “imediatamente” estas actividades.