Trump assina o primeiro veto da sua presidência - para defender o seu muro
Presidente dos EUA recusa legislação que tentava reverter a sua declaração de emergência para obter verbas para a construção do muro na fronteira com o México e travar imigração.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, vetou uma proposta de lei cujo objectivo era reverter a declaração presidencial de emergência nacional na fronteira sul dos EUA. Esta é a primeira vez que Trump usa o veto presidencial.
Uma série de republicanos juntaram-se aos democratas no Senado para tentar evitar que Trump usasse a declaração de emergência nacional para ultrapassar o Congresso e conseguir assim verbas para a construção do muro na fronteira com o México, com o qual prometeu aos seus eleitores controlar a imigração ilegal para os Estados Unidos.
Para reforçar a sua autoridade, tinha ao seu lado o vice-presidente Mike Pence, o novo attorney general William Barr e Kirstjen Nielsen, a secretária da Segurança Nacional. William Barr assegurou que a declaração de emergência nacional “está claramente ancorada na lei.”
O veto não foi surpresa: Trump já tinha tweetado na véspera que pretendia vetar a lei logo após a votação.
Os votos dos 12 senadores republicanos foi um golpe para o Presidente. Os republicanos argumentam que a utilização dos poderes de emergência nacional como forma de evitar ouvir o Congresso viola a separação de poderes - e temem que estabeleça um precedente para um futuro Presidente democrata seguir unilateralmente a sua agenda, diz a estação de televisão americana CNN.
A recusa dos democratas em aprovar verbas para o muro tinha já sido o motivo da maior paralisação parcial da Administração (shutdown) dos EUA.
Mas o veto não quer dizer que Trump possa levar este plano em frente e ter o muro construído antes do fim do mandato, em Janeiro de 2021. O que se segue é uma batalha nos tribunais, que poderá demorar meses ou anos. Mas pelo menos, o ganho político está conseguido.