Depois de ter recebido pela primeira vez, em Dezembro, a gala mundial dos World Travel Awards (WTA), celebrizados como os “óscares” do turismo, Portugal, declarado então o “melhor destino turístico do mundo”, começa a temporada de 2019 com cerca de centena e meia de nomeações para a ronda europeia desta iniciativa que, aliás, também venceu no ano passado.
Na lista de candidatos, agora anunciada mas que ainda pode ser actualizada, há 145 nomeações portuguesas repartidas pelas dezenas de categorias dos WTA Europa, incluindo nomeação na categoria maior, melhor destino europeu, para Portugal – que, aliás, também venceu este prémio no ano passado.
Entre os nomeados, destaca-se Lisboa que se multiplica em nomeações a prémios de topo: não contando com os destinados à hotelaria, a capital – que foi o melhor destino do ano da Europa em 2018 além de melhor cidade destino e melhor destino para city break no mundo, está nomeada agora novamente nestas, além de candidatar-se também a ser o melhor destino de cruzeiros ou a ter o melhor aeroporto, porto e organismo oficial de turismo.
O Porto, descontando as nomeações da hotelaria, vai ser concorrente directo de Lisboa na nomeação para melhor escapada urbana (destino de city break), além de ver a Ribeira como candidata a melhor atracção turística, categoria onde competem pesos pesados como a Sagrada Família de Barcelona, a Acrópole de Atenas, a Torre Eiffel de Paris, o Coliseu de Roma, mas também mais duas “estrelas” lusas: Dark Sky Alqueva e os Passadiços do Paiva.
Tanto o Dark Sky como os Passadiços arrecadam mais nomeações: competem ambos nas categorias de melhores projectos turísticos; o projecto do Alqueva é também candidato ao prémio de turismo responsável e os Passadiços a atracção turística de aventura (venceu em 2018).
Há mais regiões portuguesas em destaque: a Madeira, a anfitriã da gala a 9 de Junho, está nomeada para melhor destino insular (venceu em 2018), partilhando esta distinção com os Açores; já o Algarve candidata-se a melhor destino de praia.
Entre as empresas nomeadas, não há como a TAP: conseguiu sete nomeações, incluindo melhor companhia aérea, várias nas classes e rotas, e melhor revista de bordo (Up). A DouroAzul está nomeada para melhor companhia de cruzeiros.
A juntar a esta chuva de nomeações, tão vantajosa em termos mediáticos para o turismo nacional, há também indicação para o Turismo de Portugal como melhor organismo europeu do sector, prémio que conquistou no ano passado.
As restantes dezenas de referências na lista de candidatos repartem-se pela hotelaria de luxo, quase toda localizada nas cidades e regiões portuguesas nomeadas.
Além de premiar os mais votados a nível europeu, em cada ronda dos WTA são também premeados os mais votados por país (veja abaixo a selecção nacional que compete a nível nacional).
Na edição europeia dos WTA no ano passado, Portugal somou 36 distinções – já na final mundial, o país conquistou um recorde de 17. No dia 8 de Junho, a Madeira recebe a gala dos prémios.
Como funcionam os World Travel Awards?
Nomeações e Candidaturas
Foram criados em 1993 para premiar a indústria turística a nível mundial, estimulando a “competitividade e a qualidade”. Termina na final mundial mas tem rondas regionais. As nomeações para os prémios são feitas por três vias: incluem o vencedor e os outros dois candidatos mais votados, autocandidaturas após análise e aprovação pelo painel de especialistas dos WTA e projectos recomendados pelo mesmo painel. No caso das autocandidaturas, os interessados têm de pagar 499 libras (586 euros) para submeterem-se à consideração dos especialistas.
Votação
Após o anúncio das listas de nomeados, começa o processo de votação. Toda a gente pode votar no site oficial até 28 de Abril mas com um twist: o voto dos profissionais da indústria turística vale por dois. Segundo a WTA, costumam votar cerca de 200 mil profissionais do sector, em 160 países.