Rangel: O diabo “veio pela janela” nos hospitais e nos incêndios

Cabeça de lista do PSD desafia o socialista Pedro Marques para debates.

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LUSA/PAULO NOVAIS

Paulo Rangel, cabeça de lista do PSD às europeias, atacou “a 'geringonça' do Governo” e lembrou o “diabo” antecipado por Passos Coelho para dizer que, afinal, o “diabo veio pela janela” no Serviço Nacional de Saúde e nos incêndios trágicos de 2017. 

O número um da lista do PSD esteve no jantar das jornadas parlamentares, esta quinta-feira, no Porto, ao lado de Fernando Negrão e na mesma mesa do eurodeputado José Manuel Fernandes. “Ele [o Governo] disse-nos a todos que o diabo não veio. Veio não pela porta mas pela janela do Serviço Nacional de Saúde e da segurança de pessoas e bens”, afirmou, lembrando os incêndios de 2017 ou a queda de uma estrada em Borba: “Se isso não é o diabo, não sei o que é”.  

Depois de visar o Governo por estar a “destruir activamente o SNS”, Paulo Rangel virou-se para o seu adversário do PS nas europeias para lembrar que Pedro Marques era o ministro responsável pelo dossier da reconstrução nos incêndios, que foi uma “novela”, com “fraudes e atropelos uns atrás dos outros”. O líder da lista do PSD às europeias prosseguiu —  “era uma espécie de ministro-candidato e agora é um candidato-comissário” – e lembrou a esse propósito uma canção de António Variações com o verso “só estou bem onde não estou”. Rangel aproveitou para desafiar Pedro Marques para fazer debates “seja em que qualidade for.”

A propósito da Venezuela, onde o eurodeputado esteve recentemente junto à fronteira com a Colômbia, Paulo Rangel atacou também dois ministros do actual Governo: o ministro da Defesa por “sonhar com ameaças imaginárias” e o ministro dos Negócios Estrangeiros por assegurar que não havia milícias armadas no país.

O candidato do PSD criticou o Governo pela forma como lidou com a situação da Venezuela nos últimos três anos. “Fez diplomacia de pantufas ou política de veludo, foi tolerante, paciente com o Governo de Maduro”, disse, lembrando que alguns dos actuais ministros eram os mesmos “que andavam a atravessar o Atlântico com os computadores Magalhães”.  

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