Marisa Benjamim vai participar na edição deste ano do Roskilde, na Dinamarca, festival de música que se realiza anualmente desde 1971. A organização divulgou esta quinta-feira, 28 de Fevereiro, 32 novas confirmações para o cartaz do festival, que decorre de 29 de Junho a 6 de Julho na cidade que lhe dá nome. A artista portuguesa vai participar no programa de artes e debates.
"No festival de Roskilde será possível provar a bebida detox de flores de Marisa Benjamim, servida num laboratório a pedal. O laboratório explora sabores e interacções sociais e chama a atenção para a comida e a bebida do futuro", refere a organização no site oficial. No fundo, este trabalho coloca uma questão: "Um dia viveremos todos de flores, ervas e bagas?"
No laboratório de sabores, que irá circular pelo recinto, será possível "matar a sede e a ressaca com a bebida detox Eau Florale", feita de "água mineral e uma extracção de ervas e flores sazonais, como flores de cebolinho". O produto integrou a exposição sensorial A Laboratory for the Deceleration of the Body and for a New Politics of the Senses que esteve patente na Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Riga 2018.
Marisa Benjamim, actualmente a viver em Berlim, "utiliza flores como matéria-prima e ponto de partida para as suas performances e instalações Flauristaurant. Nascida em Portugal em 1981, é licenciada em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes de Design (ESAD) das Caldas da Rainha e concluiu um mestrado na Universidade das Artes de Berlim.
A artista portuguesa expõe a solo desde 2011, tendo mostrado o seu trabalho na Alemanha e em Espanha. Em exposições de grupo, o seu trabalho já foi também mostrado em países como os Estados Unidos, a Polónia e Itália.
O festival Roskilde, que se realiza anualmente desde 1971, já tem confirmados para a edição deste ano, entre outros, Bob Dylan, The Cure, Travis Scott, Cypress Hill, Rosalía, Underworld e Spiritualized. Os Moonspell foram os primeiros portugueses a actuar no festival, em 1998. Entretanto, o festival recebeu os Buraka Som Sistema, em 2007, os Throes + The Shine, em 2013, e o projecto Batida, de Pedro Coquenão, em 2015. O artista Miguel Januário, com o projecto ±maismenos±, foi o primeiro português a participar no programa de artes e debates do festival, na edição do ano passado.