FC Porto bate Sp. Braga e fica à porta do Jamor

No Estádio do Dragão, faltou eficácia aos minhotos, que começaram a resvalar num penálti de Marafona.

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O FC Porto venceu esta terça-feira o Sp. Braga, por 3-0, em partida da primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, disputada no Estádio do Dragão, conquistando importante vantagem para a deslocação a Braga, no dia 2 de Abril.

Os portistas somaram a terceira vitória consecutiva depois da derrota na Liga dos Campeões, em Roma, impondo o terceiro desaire seguido à equipa de Abel Ferreira. Sérgio Conceição já teve Danilo e Marega à disposição, embora tenha preservado os "reforços" para o jogo com o Benfica, acabando por utilizar apenas o médio na recta final do encontro. 

Com Raúl Silva confirmado no eixo, entre as quatro alterações promovidas por Abel Ferreira em relação ao "onze" que averbou a primeira derrota da época em Braga, foi notória a preocupação dos minhotos, que destacaram Palhinha e Claudemir para a missão de anular a criatividade de Óliver Torres e a irreverência de Otávio.

Sérgio Conceição manteve-se fiel ao jogo interior que devolveu a equipa às vitórias frente ao V. Setúbal, resultado que o "dragão" ratificou em Tondela. Isto apesar de no banco terem surgido Marega e Brahimi. Danilo foi outro regresso às opções, com o técnico a evitar precipitações, deixando apenas um sinal para o clássico com o Benfica, no próximo sábado.

Apesar de ter entrado com a determinação que tem sido uma constante em todos os jogos, o FC Porto rapidamente esvaziou, permitindo que os "arsenalistas" arriscassem as subidas de Dyego Sousa e os cruzamentos-remate de Wilson Eduardo. Foi, de resto, num lance conduzido pelo brasileiro que o luso-angolano esteve perto de colocar o Sp. Braga em vantagem, beneficiando de um ressalto em Alex Telles que levou a bola a sair a escassos centímetros do poste da baliza de Fabiano.

Wilson Eduardo desperdiçaria pouco depois uma oportunidade flagrante para testar os reflexos do substituto de Casillas, com o FC Porto a responder com um cabeceamento de Pepe que Marafona resolveu com defesa de recurso. O jogo entrava num período de menor interesse à medida que os duelos se intensificavam e as faltas se multiplicavam.

Brahimi ameaçava entrar mais cedo do que o previsto, mas uma imprudência de Marafona, a socar a cabeça de Herrera em vez de afastar a bola, acabaria por determinar a vantagem portista com que se atingiu o intervalo. O árbitro assinalou o respectivo penálti, decisão reforçada pelas indicações do VAR, apesar do episódio de falha de comunicação que atrasou a conversão do golo de Alex Telles (37').

No regresso dos balneários, o FC Porto apostava em Soares, que logo deu sinal de perigo, embora o grande momento tivesse pertencido a Dyego Sousa, que deixou Felipe fora do lance mas atirou ao alcance de Fabiano, para a defesa da noite. O Sp. Braga não marcou e Soares não perdoou, depois de Corona ter ajudado Marafona a redimir-se e a apagar a imagem deixada no lance do penálti. Mas o guardião dos minhotos nada pôde fazer perante a frieza de Tiquinho, que dominou com a coxa esquerda o cruzamento de Otávio e finalizou com classe com a parte exterior do pé direito (63')​.

Consciente de que estava iminente a terceira derrota consecutiva, Abel Ferreira tentou mudar a sorte e relançar a eliminatória, trocando Palhinha e Ricardo Horta por Ryller e Murilo Souza quando faltavam cerca de 20 minutos para o final. Sem a eficácia habitual, Dyego Sousa também cedeu a vez a Paulinho, mas era já o FC Porto que controlava em absoluto, acabando por alargar os números do triunfo já no tempo de compensação. Brahimi, lançado para o lugar de Adrián López aos 82', rematou com classe para o poste mais distante da baliza bracarense e deixou o campeão confortável para o tira-teimas que decorrerá dentro de um mês.

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