Ilustração
Um Porto imaginado à medida da arquitectura de Marta
Atentem aos pormenores: um pequeno detalhe da Casa da Música ou da Faculdade de Arquitectura do Porto, a entrada da Ponte Luís I ou da Casa Manoel de Oliveira — e até um balão de São João. Na série "Cidade Imaginária", da arquitecta Marta Vilarinho, é a cidade do Porto quem mais ordena. "É a cidade que mais gosto de desenhar", conta. Por isso, no final de 2018, lançou um conjunto de 50 "desenhos imaginários", onde "quem olhar com mais atenção" consegue observar vários elementos característicos portuenses.
Inserida no projecto de desenho de arquitectura "As Cidades e a Memória — a Arquitectura e a Cidade", criado em 2014, Marta Vilarinho construiu a série "Casa Imaginada" — um conjunto de construções surreais no sentido vertical onde, a partir de qualquer ponto do desenho, "podemos fazer um percurso arquitectónico por toda a construção". Marta chama-lhe "a cidade labirinto".
A arquitectura e a cidade são a base de qualquer trabalho de Marta, cujo gosto pelo desenho existe desde que se conhece. "Gosto muito de explorar o detalhe", conta ao P3. Para "Cidade Imaginada", a arquitecta recolheu informações que ajudassem a contar a história da cidade do Porto. De caneta fina para definir com exactidão os pormenores e marcadores de aguarela para colorir manualmente os desenhos em serigrafia, Marta Vilarinho conseguiu, assim, inserir detalhes emblemáticos da identidade portuense nos desenhos de uma cidade imaginada.
A série "Cidade Imaginada" está à venda no site e nas redes sociais da artista, com preços que variam entre os 200 (nos desenhos em serigrafia mais simples) e 400 euros (na chamada "serigrafia intervencionada" colorida manualmente).