Senegal escolhe Presidente, Macky Sall parte como favorito
A economia do Senegal tem vindo a apresentar um crescimento regular nos últimos anos, mas o desemprego é elevado (15,7%) e a população exige investimento nos sectores problemáticos da saúde e educação.
Mais de 6,6 milhões de senegaleses são chamados às urnas neste domingo para escolher o Presidente do país para os próximos cinco anos, com o actual chefe de Estado, Macky Sall, a partir como favorito na corrida eleitoral.
Além de Macky Sall, quatro candidatos da oposição vão disputar a liderança do país da África Ocidental com 15,8 milhões de habitantes.
Em 14 de Janeiro, o Conselho Constitucional senegalês anunciou ter aceitado as candidaturas de Macky Sall; do ex-primeiro-ministro Idrissa Seck; do deputado Ousmane Sonko, figura relevante da oposição; do candidato do Partido da Unidade e da Liberdade (PUR), El Hadji Issa Sall, e de um candidato próximo do ex-Presidente Abdoulaye Wade (2000-2012), Madicke Niang.
A nota ficou marcada pela rejeição das candidaturas de dois dos principais rivais do Presidente em exercício: Karim Wade - filho do ex-Presidente Abdoulaye Wade - e Khalifa Sall, dissidente do Partido Socialista e ex-presidente de Dacar, que viram as suas candidaturas serem rejeitadas por condenações judiciais.
Situado junto ao Atlântico, o Senegal tem uma população de 15,8 milhões de pessoas com uma média de idades de 19 anos.
O mandato de Sall ficou marcado por um crescimento económico e pelo desenvolvimento de infra-estruturas, embora as deficiências nos serviços básicos tenham sido motivo de protesto por parte dos senegaleses.
Segundo o Banco Mundial, a economia do Senegal tem vindo a apresentar um crescimento regular nos últimos anos, tendo, em 2017, registado um aumento de 7,2%, ficando acima dos 6% pelo terceiro ano consecutivo. Este crescimento foi potenciado por um plano de desenvolvimento que "impulsionou o investimento público e a actividade do sector privado".
Durante o actual mandato, Macky Sall focou-se na construção de infra-estruturas como um novo aeroporto internacional, a construção de estradas e de uma ligação ferroviária entre Dacar e a nova cidade de Diamniadio. Ainda assim, as deficiências em serviços primários, como a saúde e a educação, levaram à existência de várias greves e manifestações.
Com os últimos dados a apontarem para uma taxa de desemprego de 15,7% e uma taxa de pobreza cifrada em 47%, são grandes os desafios que o vencedor das eleições de hoje terá de enfrentar.
Antiga colónia francesa, o Senegal obteve a sua independência em Abril de 1960.