Juventus sofre em Madrid e City vence na Alemanha

Atlético de Madrid impôs-se com golos uruguaios. Guardiola virou o jogo depois da expulsão de Otamendi.

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Atlético de Madrid e Manchester City partem em vantagem para os jogos da segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, após terem vencido respectivamente a Juventus (2-0) e o Schalke 04 (2-3), numa noite vibrante, com o videoárbitro (VAR) a impor leis, decidindo penáltis em Gelsenkirchen e anulando um golo no Wanda Metropolitano.

Em Madrid, Cristiano Ronaldo não foi suficiente para derrubar a equipa montada pro Diego Simeone, apesar de o português ter dado o primeiro sinal de perigo, obrigando Jan Oblak a dar o melhor na baliza "colchonera". Os campeões italianos construíram as primeiras oportunidades, mas a maior ambição do técnico espanhol foi premiada.

A entrada decidida do Atlético na segunda parte, com Diego Costa a falhar a melhor oportunidade de golo logo no arranque e Griezmann a forçar uma defesa incrível de Szczesny, prenunciava a derrocada que os centrais uruguaios Giménez (78') e Godín (83') - ambos na sequência de bolas paradas - provocaram quando o estádio estava já em ebulição com o golo anulado a Álvaro Morata, instantes antes, por falta do avançado espanhol sobre Chiellini.

A Juventus ainda tentou chegar ao golo que simplificasse a tarefa da segunda mão, em Turim, onde não actuarão Diego Costa, Thomas Partey e Alex Sandro, mas nem Bernardeschi nem Cristiano Ronaldo foram felizes na finalização, mais uma vez com o guarda-redes Oblak a brilhar.

"Tivemos jogadores importante de volta, como o Koke e o Diego Costa, e conseguimos fazer um jogo inteligente contra um aversário muito forte. Sabíamos que tínhamos de aproveitar as oportunidades e conseguimos um resultado importante", assinalou Diego Simeone. Um estado de espírito contrastante com o de Massimiliano Allegri, naturalmente: "Não podíamos ter jogado pior do que aquilo que fizemo na segunda parte. Não nos adaptámos ao jogo deles e eles castigaram-nos. Não vai ser fácil em Turim", reconheceu o treinador dos "bianconeri".

Em Gelsenkirchen, o Manchester City venceu e poderá ter dado um passo decisivo rumo aos quartos-de-final. Mas antes, os ingleses sofreram, apesar de até terem estado em vantagem, com um golo de Sergio Aguero (18'), na sequência de um lance reclamado pelos alemães. O videoárbitro não detectou qualquer falta no início do lance em que o guarda-redes Fahrmann teve enormes responsabilidades ao permitir um roubo de bola de David Silva, que ofereceu o golo ao argentino.

Os alemães, que foram adversários do FC Porto na fase de grupos, dariam, contudo, a volta ao marcador, com duas grandes penalidades convertidas por Bentaleb (38 e 45'). O cenário haveria de piorar para as hostes britânicas, quando Nicolás Otamendi foi expulso por acumulação de amarelos, depois de ter provocado o primeiro penálti.

Reduzido a 10 unidades, porém, o Manchester City não atirou a toalha ao chão. E quem tem a qualidade colectiva e individual de que Pep Guardiola dispõe está sempre mais perto de contrariar as probabilidades. A cinco minutos do final, Leroy Sané aproveitou um livre directo para marcar um golo de grande efeito, com um remate teleguiado ao poste mais distante. E quando a igualdade parecia o resultado mais óbvio, a reviravolta consumou-se. 

Foi um daqueles lances em que o jogo de pés do guarda-redes faz toda a diferença. Ederson fez a bola sobrevoar o campo, directamente da sua baliza até à entrada da área alemã. Sterling não desistiu do lance, aproveitou a passividade da defesa e surgiu na cara do guarda-redes, aos 90', para assinar o 2-3 e deixar o City muito confortável na eliminatória.

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