Utentes exigem obras de ampliação do hospital de Beja
Criada com o intuito de ter uma "voz interventiva" junto dos órgãos de gestão hospitalar da região, a Comissão de Utentes de Beja convoca uma concentração em frente à entrada do hospital, a realizar-se no dia 26 deste mês.
A recém-criada Comissão de Utentes de Beja (CUB) reivindicou esta terça-feira a concretização da segunda fase das obras de remodelação e ampliação do hospital da cidade, além do reforço de valências técnicas e de recursos humanos.
A comissão, que fez esta terça-feira a sua apresentação pública numa conferência de imprensa junto ao hospital de Beja, foi criada para "defender os interesses e dar voz" à população da cidade alentejana.
"Exigimos o bem-estar e o conforto dos utentes que se deslocam ao hospital e aos centros de saúde, nem que para isso seja necessário trabalhar de perto com os órgãos de gestão hospitalar na procura dessas respostas", disse um dos dirigentes da CUB, Rui Eugénio, em declarações à agência Lusa.
Tendo como "missão" fazer parte da "solução" e não dos "problemas" que possam afectar a população, Rui Eugénio anunciou a realização de uma concentração e vigília em frente à entrada principal do hospital, no dia 26 deste mês, pelas 18:00.
"Queremos mobilizar e sensibilizar a população para os graves problemas que vive o hospital, denunciar o ataque que o Serviço Nacional de Saúde está a sofrer e exigir o arranque rápido das obras da segunda fase do hospital, bem como a manutenção das valências, reforçadas de meios técnicos, equipamentos e humanos", disse.
Rui Eugénio explicou que a CUB surge na sequência dos "ataques" que os diversos serviços públicos têm sofrido, afectando, em particular, as populações que residem no interior do país.
"Com a degradação e extinção de vários serviços públicos, temos assistido à desertificação da nossa terra, à partida dos mais jovens e ao aumento do desemprego, empobrecimento e do trabalho precário", disse.
A comissão de utentes pretende ter uma "voz interventiva" em várias áreas, como é o caso da saúde, justiça, educação, acessibilidades, infra-estruturas desportivas e culturais, limpeza e higiene dos espaços públicos, emprego e mobilidade, entre outras.
"Já fixámos grandes objectivos, que se prendem com a identificação de problemáticas nestas áreas e não ficar só pela denúncia e pela crítica. Queremos conquistar espaços para dar contributos para a resolução das fragilidades e debilidades que assolam o nosso concelho e a nossa região e queremos ser parte da solução destes problemas", sublinhou.