Partido Cidadania e Democracia Cristã junta-se ao Chega para "salvar Portugal do marxismo cultural"
Partido democrata cristão prepara coligação com o Chega e o Democracia 21. Objectivo: criar uma "frente de centro-direita" para "combater" a "ideologia de género".
O Partido Cidadania e Democracia Cristã, conhecido anteriormente como Partido Pró-Vida, quer concorrer coligado com o Chega e o Democracia 21 nestas eleições europeias, isto se o Tribunal Constitucional legalizar a situação destes últimos dois a tempo da apresentação das listas.
Ao PÚBLICO, o líder do Partido Cidadania e Democracia Cristã (PCDC), Manuel Matias, confirma a intenção de criar uma "grande frente de centro-direita em Portugal", que possa vir a agregar mais partidos no futuro.
Quando confrontado com o facto de o Chega ter propostas que vão contra a doutrina social da igreja, que o PCDC defende, como a prisão perpétua ou a castração química de pedófilos, Manuel Matias diz: "Agora não pensamos nestes temas. O importante é combater a ideologia de género e o marxismo cultural". Portugal "tem de ser salvo", acrescenta.
Já André Ventura, do Chega, fala nesta coligação como um "bloco anti-sistema", querendo incluir membros do PCDC nas listas para as europeias e, "talvez", nas legislativas de Outubro.
Para o líder do Chega, esta é uma forma de "eliminar algumas resistências" e de se aproximar dos "cristãos e católicos", através de um apoio que considera "significativamente importante". Apesar de o PCDC ter tido 12 mil votos nas últimas europeias (0,37%), Ventura assegura que este apoio é uma "ajuda ao grande objectivo" de conquistar o eleitorado católico.
Nesta terça-feira, tinha também sido conhecido o apoio ao Chega por parte do Democracia 21, devendo a líder, Sofia Afonso Ferreira, ter lugar numa hipotética lista conjunta.
As eleições europeias decorrem a 26 de Maio de 2019, estando em disputa 21 lugares de deputados no Parlamento Europeu.