Ataque suicida contra Guardas da Revolução do Irão faz pelo menos 27 mortos

O grupo extremista Jaish al Adl reivindicou o atentado. O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano garantiu vingança.

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Reuters/Morteza Nikoubazl

Um ataque suicida contra um autocarro que transportava membros dos Guardas da Revolução do Irão fez, pelo menos, 27 mortos e 20 feridos esta quarta-feira.

O atentado ocorreu na estrada que liga as localidades de Khash e Zahedan, na província de Sistão-Baluchistão, no Sudeste do país. 

Segundo agência iraniana Fars, o grupo extremista Jaish al Adl, composto por militantes separatistas que operam no Sudoeste do Irão, já reivindicou o atentado.

Os Guardas da Revolução são não só uma força de elite mas um elemento central na economia do Irão, dominando empresas em sectores vitais como construção e telecomunicações.

Em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Bahram Qasemi, prometeu vingança e acusa os autores de agirem "com o apoio militar, financeiro e intelectual de alguns dos países da região”. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohamad Yavad Zarif, observou no Twitter: “Não é uma coincidência que o Irão tenha sido atacado pelo terrorismo no mesmo dia em que começa o circo de Varsóvia?” E acrescentou: “Parece que os Estados Unidos tomam sempre as mesmas decisões erradas, mas esperam resultados diferentes.” 

O ministro iraniano referia-se à conferência, promovida por Washington e Varsóvia,​ que teve início esta quarta-feira na capital da Polónia e na qual representantes de 60 países se reuniram com o objectivo de discutir a segurança no Médio Oriente. Para as autoridades iranianas, esta conferência é uma tentativa dos Estados Unidos para criar uma coligação contra o Irão.

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