Rua Fernandes Tomás, no Porto, entra em obras. E outras se seguirão
Já na próxima terça-feira, parte da Rua Fernandes Tomás será cortada ao trânsito. Ruas do Bolhão, Bonjardim, Guedes de Azevedo, Alexandre Braga e Formosa também estão no radar das alterações
Nove meses de obras e dois de trânsito interdito na Rua Fernandes Tomás, entre Sá da Bandeira e o Bonjardim, e também em parte da Rua do Bolhão. Na próxima terça-feira, dia 29, iniciam-se os trabalhos que a Câmara do Porto já tinha anunciado há semanas - numa conferência de imprensa onde se comunicaram alterações nas linhas de autocarros e se instalou a discórdia entre vários municípios a norte. Agora, o executivo vem dar mais pormenores sobre as empreitadas.
No total, a obra de Fernandes Tomás tem um tempo “estimado de 270 dias" – até final de Setembro –, mas os prazos desta primeira de cinco fases dos trabalhos podem ser alterados “mediante as condições meteorológicas, caso não permitam a realização dos trabalhos", lê-se no site oficial da autarquia.
Os trabalhos em Fernandes Tomás, no troço entre Sá da Bandeira e o Bonjardim, consistem na “substituição dos pavimentos da faixa de rodagem, redefinição e novo revestimento de estacionamentos e passeios". Nessa zona, e entre Fernandes Tomás e o número 37 da Rua do Bolhão, o trânsito estará interdito até 27 de Março, excepto para cargas e descargas). Os moradores e comerciantes, garante a autarquia, “estão a ser devidamente informados”.
Já a reabilitação nas Ruas Guedes de Azevedo e Bonjardim - gerida pela empresa municipal GO Porto, com um investimento de 1,7 milhões de euros - prevê a “substituição integral do pavimento da faixa de rodagem, bem como a redefinição e novo revestimento de estacionamentos e passeios”. Haverá também “instalação de novas infra-estruturas de águas pluviais, residuais, abastecimento de águas e telecomunicações e, ainda, a execução de nova sinalização vertical e horizontal”.
Na semana seguinte, no dia 5 de Fevereiro, será cortada ao trânsito a Rua Alexandre Braga, onde já circulam apenas autocarros. Os veículos da STCP deslocam as suas paragens para a Rua do Bolhão e as empresas privadas passam a ter término junto ao estádio do Dragão, uma decisão de Rui Moreira que deixou o autarca de Gondomar, Marco Martins, à beira de um ataque de nervos.
Se o presidente da Câmara do Porto diz que serão afectadas nove a dez mil pessoas por dia, vindas dos municípios a leste, e que a solução é a mais acertada por garantir uma circulação mais livre no centro do Porto, o presidente da Câmara de Gondomar fala de 20 mil pessoas e de incómodos significativos para os gondomarenses.
E as obras não se ficam por aqui. Lá para o final de Abril, será a vez da Rua Formosa ser transformada num estaleiro. E essa só reabrirá quando houver mercado do Bolhão - dentro de ano e meio, se tudo correr bem. E noutras zonas da cidade, haverá ainda mais intervenções.