Portugueses fizeram mais de sete mil transferências imediatas por dia
Lançadas em Setembro, as transferências rápidas têm custos mais elevados em alguns bancos.
As transferências imediatas já entraram nas rotinas de pagamento de muitos portugueses. Possibilidade foi lançada em 18 de Setembro de 2018 e, até ao final do ano, foram realizadas, em média, 7170 operações por dia, no valor global de 648,5 milhões de euros.
O tempo que medeia entre a ordem de transferência imediata e a sua disponibilização na conta do cliente não pode exceder os dez segundos. Já as transferências normais podem demorar um dia, o que obriga, em muitas situações, ao envio do comprovativo de que transferência foi feita.
Os dados sobre as transferências imediatas realizadas em pouco mais de três meses foram divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP) e mostram que cerca de 70% do número de operações foi efectuado por particulares, correspondendo a mais de 40% do valor total. “Aos fins-de-semana, a utilização das transferências imediatas é significativamente inferior à registada em dias úteis, ainda que também acompanhe a tendência global de crescimento. No final e início de cada mês é quando se verifica um tráfego mais acentuado”, avança o regulador em comunicado.
A adesão ao subsistema de transferências imediatas, através do Sistema de Compensação Interbancária (SICOI) – gerido e regulado pelo Banco de Portugal, que processa a generalidade das operações de pagamento ordenadas diariamente pelos particulares e pelas empresas em Portugal – passou a permitir o processamento de Transferências Imediatas.
A adesão à nova funcionalidade é facultativa, mas actualmente as instituições aderentes já cobrem mais de 95% das contas de pagamento em Portugal, “sendo expectável um aumento da cobertura e amplitude ao longo dos próximos meses, tanto ao nível das instituições participantes, como dos segmentos e canais em que o serviço é disponibilizado”, revela o BdP.
As transferências imediatas são possíveis entre contas de bancos aderentes e estão limitadas ao valor máximo de 15 mil euros. Estas transferências têm custos, em alguns bancos, superiores ao das normais.
Antes da criação do novo serviço, só as transferências realizadas através do MB Way, gerido pela SIBS, e apenas para clientes aderentes à rede Multibanco, permitiam transferências imediatas entre contas de diferentes bancos. Transferências urgentes realizadas através dos balcões ou homebanking têm um custo elevado.
As transferências realizadas através das caixas automáticas são gratuitas, independentemente do banco envolvido, mas sem a velocidade desejável em algumas situações.