André Guedes será o curador convidado do Festival Cumplicidades 2020

O certame dedicado à dança voltará em terceira edição aos palcos e outros espaços da capital, em Março de 2020.

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Andre Guedes (à direita) com Maria Duarte, Gonçalo Ferreira de Almeida actores da performance Quadruns criada por ele Filipe Arruda / PUBLICO

O artista plástico André Guedes é o curador convidado do Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa - Cumplicidades 2020, que abriu convocatória para novos projectos até ao final de Janeiro, foi esta sexta-feira anunciado.

De acordo com a organização, da responsabilidade da EIRA, estrutura artística com sede em Lisboa, o certame dedicado à dança voltará em terceira edição aos palcos e outros espaços da capital, em Março de 2020.

Com uma curadoria diferente em cada edição, o festival convidou o artista plástico André Guedes para ser o curador da secção nacional da próxima edição.

A escolha foi feita "pelas colaborações que tem realizado ao nível da cenografia para diversos coreógrafos e encenadores, sendo a sua prática artística situada no cruzamento entre as artes visuais e as performativas", justifica a organização.

No âmbito internacional, a curadoria será partilhada entre um conjunto de festivais sediados no Mediterrâneo e Médio-Oriente, região geográfica a que o Cumplicidades tem dedicado particular atenção desde a sua origem, indica um comunicado de imprensa da organização.

André Guedes licenciou-se em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, frequentou o mestrado em Antropologia do Espaço na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e é actualmente doutorando na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

O seu trabalho, explorando temas da história social e política, do qual resultam instalações, performances ou intervenções no espaço público, situa-se na intersecção entre as artes visuais e performativas.

A segunda edição do Cumplicidades realizou-se no ano passado, em sete espaços culturais, com a apresentação de oito criações, cinco em estreia absoluta, sob a direcção artística da coreógrafa e bailarina Tânia Carvalho e, no âmbito internacional, sob a responsabilidade do artista espanhol Abraham Hurtado.

Organizado pela EIRA o festival bienal, lançado em 2015 como "ano zero", teve a primeira edição em 2016, quando foi distinguido — entre 761 festivais de 31 países — com a certificação EFFE (Europe for Festivals Festivals For Europe).