A vitória do trabalho
O Dakar terminou e há que, em primeiro lugar, dar os parabéns aos vencedores, aos absolutos, aos das diversas classes e a todos aqueles para quem terminar é uma vitória. Estou, neste caso, a lembrar-me do Miguel Caetano, mas também da rapariga russa que competiu sem assistência. Os grandes vencedores deste Dakar, aqueles que agora têm os holofotes para eles apontados merecem, todavia, algumas palavras mais porque atrás da maioria dessas vitórias está muito trabalho. Não é por acaso que a KTM ganha há 18 anos consecutivos. A KTM que até nem é um grande construtor, e muito menos o era há 18 anos, faz um trabalho muito competente que, seguramente, começa já amanhã tendo em vista o próximo Dakar. A competição de motos foi muito aguerrida, mas no final subiram três pilotos KTM ao pódio. Não pode ser por acaso. Parabéns ao Toby Price pela capacidade de sofrimento e pela forma como geriu a sua corrida.
Parabéns também ao Nasser Al Attiyah que realizou um Dakar perfeito, sem erros. É certo que nas dunas sentia-se como peixe na água, mas soube ganhar e dar a vitória a uma marca que, também ela, tem trabalhado muito por chegar a esta vitória. A Toyota merece muito este triunfo.
Assim como a KTM também a Kamaz vive o Dakar com uma paixão extraordinária. Toda a sua estrutura e os seus pilotos trabalham muito para os sucessos que tem conseguido alcançar no Dakar. Nos SSV venceu Chaleco Lopez, mas também a Can-Am e a South Racing com seis dos seus carros nos sete primeiros lugares. Muito trabalho que, aliás, pode ser observado ali para os lados de Sintra. E, para fechar, parabéns aos portugueses. A todos eles. Foram fantásticos e prometem futuro.
Piloto