Em Florença, um turista pagou 25 euros por um gelado. O vendedor pagou uma multa de 2000

A gelataria foi multada após queixa do cliente, que considerou exorbitante o valor exigido por uma bola de gelado.

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Foto de arquivo. Filipe Casaca

Era o gelado mais pequeno da ementa, apenas uma bola num cone, mas o preço espantou o turista: pediram-lhe 25 euros. O visitante, originário do Taiwan, pagou. Mas depois ter-se-á queixado ao seu guia italiano, que o passeava pela cidade italiana de Florença. O guia exigiu ao vendedor a lista de preços e foi aí que tudo começou a correr mal para o restaurante-gelataria.  

Ao não ver atendido o seu pedido, o guia chamou a polícia municipal, que comprovou que o preçário estava escondido atrás do balcão, um incumprimento claro do regulamento comercial, que obriga a ter os preços em lugar visível para os clientes. A multa para os proprietários foi exemplar e está a correr a Itália e o mundo: 2000 euros.

Ainda assim, os responsáveis da casa florentina terão tentado justificar o custo da bola de gelado com uma boa razão: seria de "alta qualidade", segundo resume a agência Europa Press, que sublinha o comentário, ao jornal italiano La Repubblica, do agente Elio Corvino: "É muito comum e dá uma má imagem por todo o mundo, já que os turistas são as principais vítimas."

O golpe de enganar os turistas com preços exorbitantes "escondidos" é dos mais comuns e não é só em Itália - por Portugal, um dos casos mais célebres dos últimos anos ocorreu na Baixa lisboeta com um restaurante a ser acusado de tais práticas.

Mas de Itália, de facto, nos últimos tempos não têm parado de chegar histórias de valores astronómicos cobrados aos turistas. Entre os casos mais publicitados recentemente conta-se o caso de um jantar para quatro turistas japoneses, em Veneza, com uma conta final de 1100 euros. O problema maior: comeram apenas bife e peixe grelhado e beberam apenas água – um caso contado aqui pela Fugas.

Em Agosto, um casal italiano de Roma de visita a Veneza decidiu sentar-se numa esplanada do histórico (e mui turístico) Gran Caffè Lavena, na Praça de San Marcos, e pagou 43 euros por duas garrafas de água e dois cafés. A conta, publicada online por um dos visitantes, Juan Carlos Bustamante, tornou-se viral.

São apenas alguns exemplos que fazem recordar uma regra vital para a carteira de qualquer turista: antes de fazer o seu pedido, seja onde for, confirme o preço e peça para ver a ementa ou o preçário.

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