Uma biografia do escritor George Orwell, uma obra de Tommaso Piazza e novas edições da obra completa de Maria Judite de Carvalho, são algumas das novidades das Edições 70, do Grupo Almedina, para este semestre.

O Grupo Almedina inclui ainda a chancela Minotauro, que prosseguirá a edição das obras completas de Maria Judite de Carvalho (1921-1998), entre outros livros, e a Actual, que prevê publicar O Futuro do Capitalismo, de Bernard Maris, um economista e escritor francês, que foi uma das vítimas do atentado terrorista, em Janeiro de 2015, contra o jornal francês Charlie Hebdo, onde publicava os seus textos sob o pseudónimo de Oncle Bernard.

O primeiro título do ano deste grupo editorial, pelas Edições 70, já este mês, é a biografia do autor de 1984, intitulada George Orwell - Biografia intelectual de um guerrilheiro indesejado, de Jacinta Rosa Matos, professora na Universidade de Coimbra.

"Este livro acompanha o percurso biográfico do escritor e as várias fases da sua carreira de jornalista, ensaísta e romancista, traçando a sua evolução enquanto autor político e intelectual público, e dá a conhecer a figura de Orwell (1903-1950), nas suas múltiplas facetas", escrevem as Edições 70.

Em Fevereiro esta chancela publica O cinema ao vivo e as suas técnicas, do realizador Francis Ford Coppola e o ensaio de Tommaso Piazza, da Universidade de Pavia, em Itália.

A obra de Tommaso Piazza, O que é o conhecimento?, "descreve as principais respostas discutidas na epistemologia contemporânea e aborda a questão de o conhecimento ser uma condição à qual [se pode] legitimamente aspirar", segundo a editora.

Ainda em Fevereiro é publicado Discurso sobre as ciências e as artes, de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778).

Em Março está prevista a publicação de dois títulos: Elogio da Palavra, de Lamberto Maffei, e Uma leitura da filosofia contemporânea, de Sofia Miguens.

Até Junho, as Edições 70 projectam publicar oito títulos, entre eles, na área da historiografia, o primeiro volume de A Ascensão do Terceiro Reich, de Richard Evans, História do Mundo em Doze Mapas, de Jerry Brotton, e Estrutura da Antiga Sociedade Portuguesa, de Vitorino Magalhães Godinho, historiador morto em 2011 aos 92 anos.

Em Maio, é editado o segundo volume das obras escolhidas de José Medeiros Ferreira (1942-2014), Textos de Imprensa, numa organização de Mário Mesquita.

Também em Maio, será publicado A Arte como Ofício, de Bruno Munari, que defende "que é preciso destruir a ideia do artista-divo que só concebe produzir para pessoas muito inteligentes, e que o artista precisa de descer do seu pedestal e fazer a sua arte ir ao encontro da vida".

Sem fins lucrativos. Porque é que as democracias precisam das humanidades, de Martha Nussbaum, e uma obra de Gilles Lipovetsky, Plaire et Toucher (título ainda "não fechado"), são outras novidades das Edições 70.

Pela Minotauro, em Março sai o quarto volume das obras completas de Maria Judite Carvalho, com os títulos A Janela Fingida, O Homem no Arame e Além do Quadro, e em Junho o quinto, que inclui Este Tempo, Seta Despedida, A Flor que Havia na Água Parada e Havemos de Rir!.

Por esta chancela é publicado em Fevereiro Rosa Branca, Floresta Negra, de Eoin Dempsey, cuja narrativa decorre durante a II Guerra Mundial, e também neste contexto se desenvolve o romance We were the lucky ones, de Georgia Hunter, a partir de factos verídicos.

Por esta chancela estão ainda previstos títulos na área infanto-juvenil, como O Avô Jacinto e os Macaquinhos do Sótão, de Sofia Tavares Rodrigues Alves de Fraga, Pollyana II, de Eleanor H. Porter, O Elefante com o Coração na Lua, de Marlene Ferraz, autora que em 2012 venceu o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, e Cinco Crianças e um Segredo, de Edith Nesbit.

Além de O Futuro do Capitalismo, de Bernard Maris, a chancela Actual prevê editar outros sete títulos, entre eles, A Transformação da Democracia, do economista italiano Vilfredo Pareto (1848-1923).