Marcelo com a pior popularidade desde o início do mandato
Nem a mensagem de Ano Novo inverteu a tendência de queda acentuada do Presidente da República no barómetro da Aximage para o CM e o Negócios.
Marcelo Rebelo de Sousa está em queda acentuada de popularidade desde Maio e atingiu em Janeiro o seu ponto mais baixo desde que chegou a Belém, em Março de 2016. Isto, de acordo com o barómetro político da Aximage, elaborado para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, em que o chefe de Estado surge agora com a nota de 15,9 numa escala de 0 a 20, menos 1,1 ponto do que em Novembro, quando era avaliado com 17 valores. Segundo o Negócios, esta avaliação é anterior ao telefonema de Marcelo para a apresentadora Cristina Ferreira em directo na estreia do seu programa na SIC.
Nem a mensagem de Ano Novo, bem recebida pela opinião publicada, inverteu a tendência de queda da popularidade do Presidente da República, que já obteve neste barómetro uma nota máxima de 18,5, mas vem perdendo avaliações positivas desde Maio passado, quando ainda contava com 18,3. Uma queda acentuada que, no entanto, não tem paralelo no outro barómetro político para a comunicação social portuguesa, o da Eurosondagem para a SIC-Expresso, em que a popularidade de Marcelo se manteve, ao longo de 2018, bastante estável, variando entre 71,7% e 73% de avaliações positivas (com as negativas a oscilarem entre os 7% e os 9%).
Ainda assim, o chefe de Estado continua a ser o político mais popular do país, seguido de longe pelo primeiro-ministro, António Costa, que recuperou em Janeiro o segundo lugar do pódio com uma nota de 10,2. Costa tinha perdido em Dezembro o lugar para Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, mas a líder do Bloco regista agora 9,8 pontos e o líder comunista 9,6. A líder do CDS, Assunção Cristas, fica-se pelos 7,7. O líder partidário com pior avaliação continua a ser Rui Rio, com uns humildes 6,4 valores.
PSD desce, PS aguenta
A par desta baixa avaliação do seu líder, o PSD volta a descer neste barómetro da Aximage, ficando-se agora pelos 24,1% das intenções de voto – menos 0,6 pontos do que em Dezembro e menos 2,3 do que em Outubro. Já o PS sobe de 37% para 37,7% em Dezembro, mas mesmo assim mantém-se longe dos máximos do ano passado neste mesmo barómetro (39,9% em Setembro) e, claro, da maioria absoluta.
No campeonato dos partidos mais pequenos, o CDS foi o que mais subiu, passando de 8,7% para 9,4%, seguido pelo PCP, que tem agora 7,2% das intenções de voto contra 6,3% no período anterior. O Bloco de Esquerda passou para segundo lugar desta liga, depois da queda de 10% para 8,8% de intenções de voto.