Procurador Albano Pinto irá dirigir o DCIAP, que investiga crimes mais complexos
Decisão foi tomada esta quinta-feira por unânimidade no Conselho Superior do Ministério Público. Sindicato dos procuradores considera nomeação uma boa escolha
O Conselho Superior do Ministério Público aprovou esta quinta-feira, por unanimidade, nomear o procurador Albano Morais Pinto, que exercia actualmente funções no Supremo Tribunal de Justiça, director do departamento mais especializado do Ministério Público, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), onde desaguam os casos de criminalidade mais complexa e violenta.
O anúncio foi feito esta quinta-feira através de uma nota da Procuradoria-Geral da República. O nome tinha sido proposto pela nova procuradora-geral da República, Lucília Gago.
Albano Morais Pinto nasceu há 63 anos, em Coimbra, e do seu currículo destaca-se uma passagem, entre Setembro de 2002 e Agosto de 2004, pela Polícia Judiciária, onde esteve à frente da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, Albano Pinto, ingressou no Ministério Público em 1982 e foi durante quase uma década coordenador do círculo judicial de Leiria. Chegou ao topo da carreira, procurador-geral adjunto, em 2014. “Ao longo dos últimos anos, publicou textos e estudos sobre diversos temas, designadamente, referentes à criminalidade grave, económico-financeira e complexa e, em geral, sobre processo penal”, refere o comunicado da PGR.
António Ventinhas, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, considera Albano Pinto uma boa escolha para o DCIAP. “Tem experiência na área da investigação da criminalidade económico-financeira, tendo chegado a liderar esse departamento na Polícia Judiciária”, sublinha Ventinhas. E acrescenta: "Espero que continue o bom trabalho desempenhado pelo Dr. Amadeu Guerra no DCIAP”.
Amadeu Guerra, o nome que esteve à frente do DCIAP nos últimos seis anos, foi escolhido no mês passado para substituir Maria José Morgado, à frente da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. Na segunda-feira passada, Amadeu Guerra, tomou posse como procurador-distrital, deixando o DCIAP sem líder. Foi neste departamento que se investigou a Operação Marquês e aqui estão a correr os inquéritos ao roubo no paiol de Tancos e o colapso do Banco Espírito Santo.