Milkman, o vencedor do Man Booker Prize, sairá em Maio na Porto Editora
Além de um livro sobre a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, será publicado também no primeiro semestre deste ano um “documento explosivo” sobre o Vaticano e o novo romance de Inês Pedrosa.
O livro vencedor do Man Booker Prize 2018, Milkman, da irlandesa Anna Burns, que “mais do que uma história sobre os conflitos na Irlanda do Norte nos anos 70” é “uma narrativa sobre assédio e sexualidade”, irá ser publicado em Maio pela Porto Editora. Esta é uma das novidades para o primeiro semestre deste ano anunciadas esta quarta-feira pelo grupo editorial, no Museu da Fundação Árpád Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa. Mas no mês anterior, em Abril, irá também colocar nas livrarias Sabrina, de Nick Drnaso, a novela gráfica que conseguiu a proeza de ser a primeira a ser seleccionada para este prémio e que a escritora Zadie Smith considerou ser uma “obra-prima”, “maravilhosamente escrita e desenhada, possuindo todo o poder político da polémica e em simultâneo toda a delicadeza da verdadeira arte”.
Em Fevereiro, a antecipar o aniversário de três anos de mandato do Presidente da República, publicar-se-á na Porto Editora Marcelo – Presidente Todos os Dias, da académica Felisbela Lopes e da jornalista do PÚBLICO Leonete Botelho. É um livro feito com entrevistas a políticos (Assunção Cristas, Rui Rio, Carlos César, Ferro Rodrigues, Constança Urbano de Sousa...), a jornalistas que cobrem a presidência e com a consulta de textos que saíram na imprensa. Analisará a relação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com os portugueses e também a sua acção na política interna e externa.
Para 21 de Fevereiro, o editor Manuel Alberto Valente anunciou a edição de um “documento explosivo sobre o Vaticano”, que refere personalidades portuguesas e “vai dar muito que falar”. Será editado em simultâneo em sete países, mas ainda não se pode adiantar mais pormenores sobre a obra por haver embargo internacional.
Já neste mês de Janeir chega às livrarias portuguesas o novo romance de Inês Pedrosa, que passou a ser publicada por este grupo editorial. O Processo Violeta, cuja acção decorre no final dos anos 80, “tem uma grande actualidade”, referiu Alberto Valente. O editor explicou que o romance da autora de Nas Tuas Mãos conta a história de “uma professora que tem uma relação com um aluno de 14 anos”, caso que é “investigado por um jornal que se chama O Insubmisso”, e por fim aborda “também o mundo tauromáquico”.
Também neste mês chega às livrarias Atrás da Porta e Outras Histórias, de Teolinda Gersão, e em Abril o livro de crónicas de Mário de Carvalho, O Que Eu Ouvi na Barrica das Maçãs, uma selecção das suas crónicas publicadas entre 1987 e 1989 no Jornal de Letras e entre 1992 e 1993 no suplemento Leituras do PÚBLICO.
Em Maio, a Porto Editora publica Os Amantes de Buenos Aires, de Alberto S. Santos, o autor de A Escrava de Córdova, que se interessou “pelo único casamento [entre pessoas] do mesmo sexo conhecido na Igreja Católica espanhola, um caso pioneiro de união homossexual no mundo”, e o ficcionou. O seu romance narra a história de duas mulheres espanholas, Elisa e Marcela, que em 1901 se casaram pela Igreja Católica, na Galiza, tendo Elisa sido baptizada com o nome de Mário.
Uma nova edição de A Guerra dos Mundos, do inglês H. G. Wells, com as ilustrações do pintor pré-modernista brasileiro Henrique Alvim-Corrêa que faziam parte da edição belga de 1906, como salientou o editor João Rodrigues, será posta à venda com a chancela da Sextante em Fevereiro, e em Abril, também por esta chancela, é publicada a versão original de Coração, escrito por Edmondo de Amicis em 1886.
Também em Abril sairá na Assírio & Alvim o projecto inacabado de Walter Benjamin As Passagens de Paris, que conclui a colecção das obras escolhidas do autor alemão com edição e tradução de João Barrento.
E na Livros do Brasil prepara-se em Junho a edição de Vida à Venda, uma das obras de Yukio Mishima, publicada originalmente nas páginas da edição japonesa da Playboy ao longo de 1968 e editada em Espanha no ano passado, na sua primeira edição em língua ocidental.