Polícia italiana detém líder de claque do Inter

A investigação considera que Marco Piovella participou activamente nos distúrbios com os adeptos do Nápoles, que mataram Daniele Belardinelli, de 35 anos.

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Um cientista forense junto ao local do atropelamento mortal Reuters/DANIELE MASCOLO

A polícia italiana deteve esta segunda-feira Marco Piovella, apontado como um dos líderes da claque mais violenta do Inter de Milão, alegadamente responsável pelos distúrbios de quarta-feira que provocaram a morte de uma pessoa.

Antes do último jogo do Inter, contra o Nápoles, ocorreram vários distúrbios, o mais grave dos quais foi um atropelamento mortal.

Piovanella, nascido em Varese há 34 anos, também conhecido por “il rosso" (o ruivo) é considerado ser um dos líderes dos Boys S.A.N, grupo “ultra” da bancada norte milanesa, informaram os meios de comunicação social italianos.

Sábado já tinha sido ouvido pelos factos da passada quarta-feira, depois de ter sido acusado de “inspirador” do ocorrido, por um dos “ultras” que foram detidos.

A investigação considera agora que Piovella participou activamente nos distúrbios, junto ao estádio Giuseppe Meazza, que provocaram a morte a Daniele Belardinelli, de 35 anos.

Não está, no entanto, em causa que fosse Piovella a conduzir o veículo que atropelou o adepto do Inter. Mas o juiz que ordenou a detenção, Guido Salvini, defende que exerceu um “poder de influência” sobre os outros “ultras” e que “é capaz de condicionar as declarações de quem seja chamado a depor”.

Além da morte de Belardinelli registaram-se também quatro feridos ligeiros por arma branca e dentro do estádio prosseguiu o clima de tensão, com os adeptos do Inter a insultarem os jogadores negros do Nápoles, sobretudo o defesa Kalidou Koulibaly.