SEF vai reagendar atendimentos por fazer devido a greve
Greve dos funcionários da carreira não policial do SEF terminou esta sexta-feira. Serviço e sindicato voltam a distanciar-se nos números de adesão.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) garantiu esta sexta-feira que vai contactar directamente as pessoas com atendimento agendado para os três dias de greve dos funcionários, para reagendar uma nova data. Os funcionários da carreira não policial do SEF cumpriram esta sexta-feira o último dia de paralisação. E os números de adesão do sindicato e do serviço são muito diferentes.
Num comunicado de balanço da adesão o SEF fez saber que, para garantir aos cidadãos o mínimo de impacto da greve, vai reagendar os atendimentos que não foi possível fazer. Diz ainda que a adesão à greve marcada pelo Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (Sinsef) se ficou pelos 14,52%. Segundo o SEF estiveram em greve 88 funcionários da carreira não policial, de um total de 606.
"No total dos 1.420 funcionários do SEF (Carreira de Investigação e Fiscalização e Regime Geral), a percentagem de adesão à greve por parte dos funcionários não policiais representa hoje 6,20% do universo dos trabalhadores do SEF", refere o comunicado.
O documento especifica ainda que dos 37 postos de atendimento ao público, a nível nacional, 21 estiveram abertos e 16 encerraram devido à greve. A greve decorreu entre quarta e sexta-feira.
Atraso de dois a três meses
Nos números do Sinsef, também divulgados esta sexta-feira, a adesão à greve nos três dias rondou os 80%, tendo como principal impacto a remarcação de 1500 atendimentos em todo o país, e um atraso entre dois a três meses nos pedidos de renovação e concessão das autorizações de residência.
O Sinsef também admitiu esta sexta-feira apresentar uma acção em tribunal contra o Estado por incumprimento da lei orgânica do SEF em relação ao enquadramento da carreira dos trabalhadores não policiais.
Os funcionários da carreira não policial do SEF exigem o reconhecimento da carreira e a integração na lei orgânica do SEF.
Segundo o Sinsef, os funcionários não policiais do SEF esperam há 10 anos por uma lei orgânica e não têm os mesmo direitos que os inspectores deste serviço de segurança.