Sue, o T-rex mais famoso do mundo, tem um novo “esconderijo”
Durante dez meses os ossos de Sue estiveram a ser montados novamente, agora tendo em conta novos conhecimentos sobre este dinossauro.
Sue, o mais completo, bem preservado e maior Tyrannosaurus rex descoberto até agora, tem um novo esconderijo no Museu Field de Chicago (Estados Unidos). Na sexta-feira, o museu irá inaugurar um novo espaço na exposição permanente com os fósseis deste conhecido tiranossauro, depois de os seus ossos gigantes terem voltado a ser montados durante dez meses.
Os ossos de Sue – um dinossauro carnívoro com cerca de 12 metros de comprimento – voltaram a ser montados para representar os novos conhecimentos adquiridos nas últimas duas décadas sobre este T-rex. Uma das maiores mudanças foi o acréscimo da gastrália, conjunto de ossos que faz lembrar uma série adicional de costelas no abdómen e que poderá ter dado apoio estrutural à respiração dos dinossauros.
“A gastrália forma um cesto de ossos na parede abdominal e ajuda-nos a visualizar o tamanho e a medida da cintura da Sue. Também ajustámos as omoplatas para encaixar no que agora consideramos ser a fúrcula correcta, o que permitiu que os braços ficassem mais para baixo, mais próximos da linha média. Agora a Sue já pode bater palmas”, descreve o paleontólogo Pete Makovicky, curador do museu.
O museu comprou os fósseis da Sue em leilão por 8,4 milhões de dólares (cerca de 7,4 milhões de euros) e colocou-os em exibição em 2000. Sue é o nome da mulher que descobriu os fósseis deste T-rex no estado do Dakota do Sul (EUA), em 1990. Não é claro se este dinossauro era uma fêmea ou um macho. “Também foram feitos ajustes na caixa torácica e a perna direita ficou menos flectida. Por fim, abrimos um espaço ligeiramente maior na boca para dar um efeito dramático”, acrescentou Pete Makovicky. “A nova exposição é mais pequena e fica num espaço mais intimista.”
O T-rex foi um dos maiores predadores terrestres de sempre, vagueou pelo Oeste da América do Norte durante o crepúsculo da idade dos dinossauros no período Cretácico, lado a lado com dinossauros com cornos ou com couraça, de répteis voadores chamados pterossauros, aves com e sem dentes, entre outras criaturas. O impacto de um asteróide na costa do México há 66 milhões de anos levou à extinção dos dinossauros e de muitas outras criaturas terrestres e marinhas. Depois deste desastre, os mamíferos tornaram-se dominantes na Terra.