Dezassete projectos portugueses de arquitectura nomeados para Prémio Mies van der Rohe
Os 17 nomeados portugueses estão entre 383 projectos de 38 países, como Espanha, Grécia, Croácia, Alemanha, Bulgária, Luxemburgo, Malta, Itália, Áustria, Hungria, Suécia e Polónia. Há mais três projectos realizados por arquitectos portugueses mas executados fora do país.
Dezassete projectos portugueses de arquitectura foram seleccionados para concorrer ao Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2019, anunciou esta terça-feira a Comissão Europeia, organizadora do galardão.
De acordo com a organização, os 17 nomeados portugueses estão entre 383 projectos de 38 países, como Espanha, Grécia, Croácia, Alemanha, Bulgária, Luxemburgo, Malta, Itália, Áustria, Hungria, Suécia e Polónia.
Os 383 projectos serão reduzidos a uma lista de 40, que, por seu turno, terá cinco finalistas que serão visitados pelo júri em Abril. O processo culminará com a entrega do prémio a 7 de Maio, em Barcelona, Espanha.
Os projectos portugueses seleccionados são o Centro de Artes de Águeda (AND-RÉ), a Capela do Monte, em Barão de São João (Álvaro Siza), o Centro Interpretativo do Vale do Tua, Foz do Tua (Rosmaninho + Azevedo Arquitectos), Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua, também na Foz do Tua (Souto Moura), Promise - Casa do Caseiro, em Grândola (Camilo Rebelo Arquitectos).
Também estão nomeados a Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Idanha-a-Nova (Plano Humano Arquitectos), a Torre FPM41 (Barbas Lopes Arquitectos), o Palacete Barão de Santos (Barbas Lopes Arquitectos), a Casa na Rua do Quelhas (Inês Lobo Arquitectos) e a Praça Fonte Nova (José Adrião Arquitectos), em Lisboa.
O Teatro Luís de Camões, em Lisboa (Manuel Graça Dias + Egas José Vieira), o Terminal de Cruzeiros de Lisboa (Carrilho da Graça), a Capela da Luz Eterna, em Ponta Garça (Bernardo Rodrigues), a Casa Rotativa, em Coimbra (Pedro Bandeira - PLF), a Casa Rua do Paraíso, Porto (FALA), o Jardim Botânico do Porto: Reabilitação da Casa Andresen e Estufas, e Reabilitação da Casa Salabert (Nuno Valentim) e o Hotel Rural Casa do Rio, em Vila Nova de Foz Côa (Menos é Mais Arquitectos), também estão incluídos.
No conjunto dos nomeados de todos os países, há ainda mais três projectos de arquitectos portugueses mas que foram executados no estrangeiro: a Église à Saint-Jacques-de-la-Lande, em Rennes (Álvaro Siza), a Faculté d'Architecture, d'Ingénierie Architecturale d'Urbanisme, Tournai (Atelier Aires Mateus) e a Capela do Vaticano para a Bienal de Veneza 2018 (Souto Moura).
O prémio, no valor de 60 mil euros, instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, com sede em Barcelona, é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitectura.
O júri do prémio é formado por Dorte Mandrup, George Arbid, Angelika Fitz, Stefan Ghenciulescu, Kamiel Klaasse, María Langarita e Frank McDonald.
Globalmente, os seleccionados apresentaram propostas das áreas da habitação, cultura, escritórios, desporto, comércio, edifícios governamentais, transporte e tipologias urbanas.
Os edifícios relacionados com cultura são este ano o maior grupo, com 15% do total, seguidos pelos edifícios de uso misto, com 14%.
O Prémio Mies van der Rohe é bienal e distingue projectos de arquitectura construídos nos dois anos que precedem a sua atribuição. Também entrega um prémio de 20 mil euros a arquitectos no início de carreira.
O projecto do arquitecto português Álvaro Siza Vieira para o antigo Banco Borges e Irmão, em Vila do Conde, foi o distinguido na primeira edição do prémio, em 1988.